#Deve ser criada uma página de título com o nome dos integrantes #Formatar segundo o padrão ABNT #Criar uma seção de índice no início #O início de cada capítulo deve ser em uma nova página #Dividir os subcapítulos de cada capítulo conforme necessário #Usar recursos como negrito e itálico conforme necessário #Pesquisem figuras ilustrativas e as insiram no trabalho, ao menos uma por capítulo #Capítulo 1 Introdução: A Psicologia é a ciência que se preocupa em estudar a subjetividade humana. Atua tanto nas expressões humanas visíveis (comportamentos) como naquelas que não podem ser vistas, como nossos pensamentos. O termo “psicologia” tem origem grega e é formado a partir da junção de duas palavras: Psique (mente) + logia (estudo) Escolas da Psicologia: Assim como muitas áreas do conhecimento, a Psicologia apresenta diferentes abordagens de estudo. Como exemplo de escolas da Psicologia, temos o Behaviorismo e a Psicanálise. Behaviorismo: está voltado para o estudo do comportamento humano. Para os psicólogos que utilizam essa escola, existem dois tipos de comportamentos: o respondente e o operante. No comportamento respondente, o indivíduo comporta-se involuntariamente. Já no operante, o indivíduo apresenta consciência de seu comportamento. Psicanálise: tem como pilares as ideias de Sigmund Freud. Essa escola visa ao estudo da mente e tem como foco o inconsciente do indivíduo. De acordo com essa abordagem, o inconsciente expressa-se de modo velado no consciente. Assim, o inconsciente pode, por exemplo, manifestar-se nos atos falhos e sonhos. A cura de certos problemas, portanto, seria possível por meio da conscientização do inconsciente. De acordo com Freud, “sofremos de reminiscências que se curam lembrando”. Curso de Psicologia: O curso de Psicologia possui duração média de cinco anos e integra a área de conhecimento das ciências humanas. Esse curso é oferecido em várias faculdades públicas e também na rede privada. Dependendo da instituição de ensino escolhida, além da formar psicólogos, podem também ser oferecidas as opções de cursar as habilitações em bacharelado e licenciatura. As universidades oferecem formação de psicólogo e também habilitações em bacharelado e licenciatura. As universidades oferecem formação de psicólogo e também habilitações em bacharelado e licenciatura. A lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão do psicólogo. De acordo com essa legislação, “a formação em Psicologia far-se-á nas Faculdades de Filosofia, em cursos de bacharelado, licenciado e Psicólogo”. Ainda segundo essa lei, temos: “Art. 11. Ao portador do diploma de Bacharel em Psicologia, é conferido o direito de ensinar Psicologia em cursos de grau médio, nos termos da legislação em vigor. Art. 12. Ao portador do diploma de Licenciado em Psicologia é conferido o direito de lecionar Psicologia, atendidas as exigências legais devidas. Art. 13. Ao portador do diploma de Psicólogo, é conferido o direito de ensinar Psicologia nos vários cursos de que trata esta lei, observadas as exigências legais específicas, e a exercer a profissão de Psicólogo.” O que se estuda em Psicologia? A Psicologia estuda a subjetividade humana e, portanto, atua na análise dos comportamentos e dos pensamentos humanos. No curso de Psicologia, o estudante terá disciplinas como: #Usar Marcadores, dividir em 2 colunas História da Psicologia Fisiologia do Sistema Nervoso Anatomia do Sistema Nervoso Gênero Corpo e Sexualidade Neuropsicologia Direitos Humanos Teoria e Técnicas Psicoterápicas Psicologia Geral Genética Psicopatologia Psicofarmacologia Teoria Psicanalítica Psicologia Social Psicologia Genética Ética Vale salientar que as disciplinas variam de uma instituição de ensino para outra. Além disso, em muitas instituições, é possível cursar matérias optativas. Símbolos da Psicologia Lápis-lazúli é a pedra do curso de Psicologia. A faixa da beca dos formandos do curso de graduação em Psicologia é da cor azul; A pedra para o anel de formatura é a pedra lápis-lazúli; O símbolo da Psicologia é a letra grega “psi”. Juramento do psicólogo O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, por meio da Resolução CFP nº 002/2006, estabelece o seguinte texto para juramento: "Como psicólogo, eu me comprometo a colocar minha profissão a serviço da sociedade brasileira, pautando meu trabalho nos princípios da qualidade técnica e do rigor ético. Por meio do meu exercício profissional, contribuirei para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida de cada sujeito e de todos os cidadãos e instituições." Áreas da psicologia De acordo com a Resolução CFP nº 013/2007, que institui a consolidação das resoluções relativas ao título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro, as especialidades da Psicologia são: #Colocar em uma tabela 4x3 Psicologia Escolar/Educacional Psicologia Organizacional e do Trabalho Psicologia de Trânsito Psicologia Jurídica Psicologia do Esporte Psicologia Clínica Psicologia Hospitalar Psicopedagogia Psicomotricidade Psicologia Social Neuropsicologia Código de Ética Profissional do Psicólogo O Código de Ética Profissional do Psicólogo visa a determinar os padrões esperados em relação à atividade prática desse profissional. Trata, portanto, dos padrões de conduta esperados para a categoria. De acordo com esse código, os princípios fundamentais são: #Usar marcadores numéricos romanos O psicólogo baseará seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O psicólogo trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente as realidades política, econômica, social e cultural. O psicólogo atuará com responsabilidade por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia seja aviltada. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste código. Ainda de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é importante frisar que “é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações a que tenha acesso no exercício profissional”. Além disso, “o psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão”. #Capítulo 2 História da Psicologia De acordo com FUCHS e MILAR, no meio do século XIX houve o desenvolvimento científico da psicologia, o qual uniu as filosofias da mente aos estudos da fisiologia. No século XVIII já havia estudos da mente, mas sem o método e rigor com que foi estudado no século XIX. Antes deste período, no começo do século XIII, Christian Wolff foi o primeiro a utilizar o nome psicologia para denominar o estudo da mente. O seu método dividiu psicologia em dois, que são: psicologia empírica e psicologia racional. Os dados da mente que resultaram da observação de si e das outras pessoas eram denominados psicologia empírica e a psicologia racional interpretavam os dados obtidos na psicologia empírica pelo meio do uso da razão e da lógica. Segundo Jones e Elcock, da segunda metade do século XIX, as linhas de psicologias inglesas eram, principalmente, a evolucionista, influenciada pelos estudos de Lamarck, e a comparatista, composta dos estudos de fisiologia e de associativismo de Spencer. Segundo a perspectiva associativista de Spencer, acreditava-se que a mente era um espaço em branco que necessitava de associações para se desenvolver, este pensamento foi pouco aceito, pois ele era contrário à teoria darwiniana que era mais amplamente aceita. Entretanto, a Inglaterra e os Estados Unidos foram os países nos quais se preferiu a teoria de Spencer. Esta perspectiva influenciou as escolas de psicologia estruturalista, funcionalista, behaviorista e Gestalt. As três primeiras são americanas, e a Gestalt teve alguma influência nas teorias de psicologia dos EUA. Dentre as vertentes de psicologia que se iniciaram nos Estados Unidos, durante primeira metade do século XX, houve grande competição entre as vertentes do funcionalismo e estruturalismo, as quais se utilizaram do darwinismo social, tornando-se, assim, vertentes que se focariam na biologia. A psicologia behaviorista era a terceira vertente americana, que se iniciou a partir de um artigo por Watson, no ano de 1913, e tornou-se popular com as contribuições de Tolman, Hull e Skinner. O behaviorismo inovou ao correlacionar a funções psicológicas com estruturas biológicas, e explicar essas correlações em termos fisiológicos. A psicologia Gestalt foi uma perspectiva desenvolvida na mesma época da psicologia behaviorista e fortemente influenciada pelas vertentes estadunidenses. Gestalt foi considerada reducionista, o que Carl Stumpf descreveu como uma experiência direta tinha primazia sobre a redução de elementos. Tanto o behaviorismo quanto a psicologia Gestalt são fruto de seus contextos da Primeira Guerra Mundial e estes pensamentos permaneceram muitas famosas até a Segunda Guerra Mundial. Na década de 1920 foram elaboradas teorias da psicanálise por Sigmund Freud. Esta teoria não foi bem aceita na sua época, pois os demais psicólogos acreditavam que lhe faltava rigor empírico. Dois outros psicanalistas que continuaram a estudar e trouxeram contribuições para esta vertente foram Carl Gustav Jung e Erik Erikson. Após uma década do início da psicanálise desenvolveu-se a psicologia humanista nos Estados Unidos, segundo Buys. Este foi influenciado pela filosofia existencialista de Sartre e pelos movimentos contrários ao darwinismo social no seu contexto de Segunda Guerra Mundial. Assim como Buys destaca que o humanismo problematiza o determinismo produzido pelo darwinismo social. A independência do indivíduo é um dos conceitos fundamentais do humanismo, este conceito busca contribuir para que o paciente se conheça e perceba formas alcançar a auto-realização. A partir da década de 1960 fortaleceu-se a abordagem da psicologia cognitiva, com referências como Vygotsky, o que retoma algumas questões tratadas na psicanálise, conforme Falcone. Esta perspectiva busca contribuir para desenvolver habilidades para identificar as distorções cognitivas e explorar novas formas de compreender as suas experiências. Outras teorias posteriormente desenvolvidas buscavam problematizar algumas das vertentes e passaram adaptar as teorias para mais variado setores, não apenas à área clínica. Um exemplo das vertentes da segunda parte do século XX é a psicologia conexionista, a qual adiciona os conhecimentos produzidos na linguística, tendo como um dos influenciadores desta vertente Noam Chomsky, de acordo com Jones e Elcock. #Capítulo 3 Áreas da Psicologia: As áreas da Psicologia são atribuições profissionais dos graduados no curso de Psicologia. São diferentes campos de atuação para o psicólogo se especializar. Se você está em dúvida sobre qual faculdade fazer e a profissão para seguir, conhecer o mercado de trabalho e as possibilidades de carreira é fundamental para auxiliar em uma decisão consciente. Por isso, listamos quais são as áreas da Psicologia para você saber tudo sobre a ciência que estuda o comportamento e questões mentais dos seres humanos. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), em outubro de 1992, realizou contribuições para o catálogo brasileiro de ocupações do Ministério do Trabalho, definindo as áreas de atuação do Psicólogo. Segundo o CFP, esse profissional está capacitado a exercer a profissão no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, justiça, comunidades, sociedade, entre outros. O objetivo é promover a saúde mental e o bem-estar através da análise dos fatores hereditários, sociais e culturais nos indivíduos. Além das áreas especificadas pelo CFP, há outros campos de atuação e possibilidades de especialização para psicólogos. Confira: #Numerar as áreas, destacar com negrito Psicologia Clínica A Psicologia Clínica é uma das áreas de estudo da Psicologia que atua no campo da saúde com o objetivo de proporcionar a compreensão dos processos intra e interpessoais. O psicólogo clínico realiza avaliação, diagnóstico, prevenção e tratamento de problemas psíquicos. Para isso, utiliza-se de métodos como as entrevistas, observação, testes, dinâmicas em grupo, etc. Essa intervenção pode acontecer individualmente ou em grupo. A média salarial do psicólogo clínico é de R$ 3 mil, podendo atuar em clínicas, consultórios, centros e postos de saúde, entre outros espaços formais e informais. Psicologia Organizacional ou do Trabalho O trabalho é um elemento social e cultural que marca as sociedade ao longo dos anos. A psicologia se preocupa com esse segmento por ele pautar diversos setores da sociedade e proporcionar diferentes significados à experiência humana. A Psicologia do Trabalho tem os diferentes contextos do trabalho como o seu objeto de estudo, atuando de forma individual ou em equipes multiprofissionais em organizações sociais formais ou informais. O psicólogo do trabalho pode atuar no recrutamento, seleção e treinamento de pessoal; realiza avaliações dos recursos humanos através do uso de diferentes técnicas, como entrevistas, testes e questionários; e promove o bem estar e saúde do trabalhador. Psicologia do Trânsito Essa especialidade da Psicologia é uma área de pesquisa e intervenção. O objetivo da Psicologia do Trânsito é aplicar ações que proporcionem a segurança dos usuários de transporte. O psicólogo do trânsito pode exercer diferentes atividades, incluindo a análise do perfil dos motoristas ou aspirantes, pesquisa do comportamento dos usuários do trânsito, aplicação de testes psicológicos a motoristas que desejam a carteira nacional de trânsito, renovar ou mudar de categoria. Além disso, o profissional também auxilia pessoas com traumas e estresse pós-traumático. Psicologia Educacional (ou escolar) A Psicologia Educacional tem sido fundamental para promover significativas mudanças no processo de ensino e aprendizagem. A área realiza intervenção psicopedagógica individual ou em grupo, visando melhorar o ensino e o aprendizado, melhorando a qualidade da educação no país. O psicólogo educacional (ou escolar) realiza atividades com professores e estudantes, participa da elaboração de políticas e projetos voltados ao ambiente educativo, diagnostica e trata problemas psicossociais que interfiram no aprendizado, entre outras funções. Psicologia Jurídica Considerada uma das vertentes da psicologia, a Psicologia Jurídica atua no âmbito da justiça com intuito de colaborar com a prevenção da violência. O psicólogo jurídico atua em instituições governamentais e não-governamentais, em equipes multidisciplinares, auxiliando na elaboração e execução de políticas de cidadania e direitos humanos. O profissional também atua como perito judicial, participa de audiências, emite laudos e pareceres, avalia os indivíduos envolvidos nos processos jurídicos, entre outras atividades. Psicologia do Esporte O ambiente esportivo exige dos atletas, além da preparação física, respaldo psicológico que possibilite aumentar a sua performance. Os atletas lidam com diferentes pressões pessoais e do ambiente profissional, por isso a Psicologia do Esporte tem sido fundamental proporcionar o equilíbrio entre a mente e o corpo. O psicólogo do esporte aplica técnicas psicológicas para auxiliar na melhoria do desempenho dos esportistas, realiza atendimento individual e em grupo, orienta as famílias dos atletas, emite pareceres e relatórios psicológicos. Psicologia Social A Psicologia Social é o campo da Psicologia que estuda os indivíduos em suas interações sociais. A área entende o sujeito a partir da relação individual-social. O psicólogo social pode atuar em qualquer área da psicologia, promovendo estudos sobre os grupos de diferentes segmentos da sociedade, analisando aspectos étnicos, religiosos, culturais, etc. Pode atuar em órgãos públicos, Organizações Não Governamentais (ONGs), meios de comunicação. Psicologia Hospitalar No Brasil, a Psicologia Hospitalar é uma área da Psicologia da Saúde que tem como objetivo de promover o bem estar mental dos pacientes. O psicólogo hospitalar atua em conjunto com profissionais de outras campos e está apto a fornecer uma visão holística do indivíduo, levando em consideração a sua interação familiar, social, biológica, psicológica, etc. Neuropsicologia Uma combinação da Psicologia com a Neurologia, a Neuropsicologia estuda o comportamento humano e a sua relação com o cérebro. O profissional da área estuda como lesões ou malformações no cérebro podem afetar o comportamento e a cognição humana. Neuropsicólogo possui uma formação multidisciplinar, com conhecimentos em neurociência, psicologia, avaliação psicológica e biologia. A atuação do profissional geralmente acontece em equipes com outros profissionais, como fisioterapeutas, médicos, terapeutas ocupacionais, etc. #Capítulo 4 Instrumentos psicológicos mais conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais de psicologia Avaliação psicológica é um processo de coleta de dados, cuja realização inclui métodos e técnicas de investigação. Os testes psicológicos, por sua vez, são instrumentos exclusivos do psicólogo e são úteis à medida que, quando utilizados adequadamente, podem oferecer informações importantes sobre os testandos. Embora na literatura haja registros de que os primeiros testes simples, com estruturas frágeis, tenham sido criados no final do século XIX e apesar de haver mais de um século de história na área, os instrumentos atuais ainda apresentam falhas e sofrem críticas. Para Almeida (1999) os instrumentos psicológicos não acompanharam o desenvolvimento das demais áreas de conhecimento, como a informática ou a tecnologia, tendo em vista que os instrumentos atuais muito se aproximam dos iniciais. Em contrapartida, há perspectivas para a superação das dificuldades apresentadas, pois segundo Sisto, Sbardelini e Primi (2001) tal quadro parece estar sendo revertido, considerando que o Conselho Assessor de Psicologia no CNPq definiu a subárea de “Fundamentos e Medidas em Psicologia” como uma das cinco, dentre dez existentes, que mereceriam atenção e investimentos, o que pode gerar um avanço na área. A Formação Profissional em Avaliação Psicológica Formar profissionais competentes não é tarefa fácil. A cada ano muitos psicólogos se formam e devem desenvolver atividades pertinentes à sua atuação profissional, o que inclui a realização da avaliação psicológica; tal atividade representa a psicologia e a difunde na sociedade. Portanto é importante que haja esmero neste trabalho e em todos os outros, a fim de que a ciência psicológica seja mais divulgada reconhecida. No Brasil, os psicólogos se formam nos cursos promovidos por instituições de ensino superior, com duração de dez/doze semestres, para cursos diurnos/noturnos e, segundo Pfromm Netto (1991), a preparação possui os seguintes objetivos: atender às necessidades do profissional para a atuação; proporcionar ao aluno um conjunto amplo e diversificado de conhecimento, habilidades, atitudes e procedimentos; contribuir para com o processo científico e estimular a produção brasileira de conhecimento. Embora tais objetivos tenham sido traçados para a formação geral em psicologia, também são pertinentes para a formação específica em avaliação ou em qualquer outra área de conhecimento, considerando que o psicólogo avaliador deve estar preparado para as demandas do mercado profissional, deve conhecer profundamente conceitos teóricos e metodológicos fundamentais e deve contribuir para o progresso da avaliação psicológica. No entanto, na prática, nem sempre é isto que se encontra. Segundo Buettner (1997) “o que observamos é que o aluno sai da universidade sem a competência necessária para o exercício profissional. Os cursos de graduação, mesmo quando propiciam uma boa formação, o que não ocorre com a grande maioria, enfocam uma formação básica e genérica” (p. 16). Witter, Witter, Yukmitsu e Gonçalves (1992) enfocam que a formação universitária do psicólogo muitas vezes não é ideal, evidenciando a necessidade da busca de um curso de pósgraduação que em parte seria remediativo, porém poucos são os profissionais que buscam uma especialização. Corroborando a afirmação, Cardoso (1994) aponta que a educação superior não deve ser entendida como oportunidade de emprego, tendo em vista a qualificação recebida pelo o aluno durante o curso superior, pois de uma forma geral, os alunos chegam ao final do curso com sérias deficiências nas questões teóricas e metodológicas o que resulta em uma baixa qualificação no mercado profissional. Atualmente a profissão sofre com a constante concorrência de outros profissionais que atuam nos mais diversificados setores como escolas, empresas entre outros. Em parte o profissional tem uma grande contribuição quanto a esta situação, pois quando do término da graduação, os profissionais não dão continuidade à formação, a fim de melhor qualificação profissional. Um profissional desqualificado contribui para uma imagem negativa da profissão. Dentro desta perspectiva, Witter e cols. (1992) destacam que toda profissão tem uma imagem social e com o psicólogo não poderia ser diferente, sendo que tal imagem é construída pelo profissional e está diretamente relacionada com o respeito, autoridade, confiança e espaço de atuação. Ainda em relação à formação do psicólogo, no trabalho desenvolvido por Rocha Jr. e Sá (1997) pertinente à análise dos currículos de psicologia, de nove universidades brasileiras, verificou-se que a pesquisa e a extensão deveriam estar mais presentes nos cursos, que a formação se volta mais para ações curativas, que preventivas, que a formação é generalista e que, segundo os alunos entrevistados, o currículo não é integrado. Discussões sobre a questão da formação do psicólogo na psicologia ou especificamente na área de avaliação psicológica não têm faltado. E, segundo Witter (1996) têm interessado aos pesquisadores nacionais e internacionais, uma vez que vêm consolidar as questões relativas à formação e atuação profissional, para que as práticas profissionais se mantenham críticas, atualizadas e atentas às necessidades sociais. Alguns estudos versam sobre a crença de que os testes deveriam ser ensinados de forma integrada com os outros conceitos psicológicos (Kroeff, 1998). Jacquemin (1995) defende que deve existir uma programação mínima básica para a formação e que seja priorizada a qualidade do ensino, e não a quantidade de testes ensinados; e Hays e Wellard (1998) acreditam que é evidente a necessidade de continuidade dos estudos após a graduação, em relação à área. Portanto, os estudos revelam a necessária modificação em relação aos currículos existentes nas instituições brasileiras de ensino superior, em relação à metodologia de ensino utilizada (quantidade ou qualidade) e à criação de cursos de pós-graduação na área. Já em relação aos alunos parece também haver necessidade de maior compromisso com a sua preparação profissional, uma vez que estudos revelam que a proficiência em disciplinas de T.E.P. depende de fatores relacionados aos alunos como motivação, freqüência às aulas, participação, capacidade de raciocínio e integração ao ensino superior, dentre outros; e de fatores relacionados à complexidade do conteúdo ensinado (Primi & Munhóz, 1998). Testes Psicológicos Os testes psicológicos, apesar de se constituírem em instrumentos úteis ao psicólogo, recebem muitas críticas e vêm sendo questionados. Dentre os estudos recentes que se destinaram a estudar o status do instrumento psicológico, destaca-se o de Noronha (1999) que identificou que grande parte da amostra de psicólogos estudada não utiliza testes psicológicos e que dentre os problemas listados, encontra-se a própria fragilidade do material, o uso inadequado dele e a formação profissional insatisfatória em relação à área. Em outro estudo desenvolvido por Azevedo, Almeida, Pasquali e Veiga (1996), o baixo teor científico dos testes foi denunciado, além da urgente necessidade de melhoria. Almeida, Prieto, Muñiz e Bartram (1998) revelaram que usar materiais inadequados para os objetivos da avaliação, xerocar folhas de resposta, realizar avaliações incorretas, não ter clareza das limitações dos instrumentos, usar testes não adaptados para as diferentes realidades, dentre outros, são os problemas mais delatados na prática dos testes. Na literatura internacional são freqüentes os estudos sobre o tema. Numa consulta ao PsycINFO (1999- 2000) é possível encontrar 27554 artigos na área de psicologia, sendo que 11275 são relativos à testes. Já no trabalho desenvolvido por Alchieri e Scheffel (2000) com o objetivo de documentar e resgatar a produção científica brasileira em periódicos nacionais na área de psicologia, foram encontrados 1090 artigos sobre avaliação psicológica num período de seis décadas (1930-1999). Como se vê é urgente a necessidade de estudos científicos na área, portanto, tendo em vista as questões destacadas o presente trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento que psicólogos e formandos em psicologia têm a respeito dos instrumentos psicológicos. Além disto, o estudo pretende listar os instrumentos mais utilizados pelos sujeitos na sua prática profissional. #Capítulo 5 Inteligência Artificial: Psicologia e Informática A Inteligência Artificial é uma área comum entre a psicologia e as ciências da computação, na qual se tenta replicar os fenómenos do cérebro humano em computadores ou máquinas. Mas será que é possível? Qual é a maior limitação da Inteligência Artificial? A Inteligência Artificial é uma da psicologia e das ciências da computação, criada com o objetivo de tentarem reproduzir em máquinas ou em programas informáticos o comportamento ou pensamentos inteligentes. Apesar de ser ambicionada à muito tempo, como podemos verificar na ficção, obras como a de Frankeinstein, do século XIX. Porém isso só começou oficialmente a ser posto em prática, por volta do ano 1960, após a Segunda Guerra Mundial. A Inteligência Artificial é extremamente difícil de definir, já que um computador por calcular mais rápido e melhor que um humano, isso não implica que seja mais inteligente, aliás, que possua alguma inteligência. Por muitos é mais inteligente uma criança saber quantos são 1+1, que um computador ganhar um jogo de xadrez ao campeão do mundo. Visto esta dificuldade de limitação, as investigações em Inteligência Artificial têm sido muito dispersas. Desde o raciocínio, a criatividade, linguagem, reconhecimento de objetos, autoaperfeiçoamento, etc. Porém pode abranger áreas muito mais complexas, como a interação com o meio, satisfazer as suas necessidades, relacionar-te com seres semelhantes, competição e cooperação, perseguição/fuga. Até ao extremo que são a consciência, a identidade, a “mente”, sentimento e emoções. Existem diversas opiniões sobre o conceito de Inteligência Artificial, sendo difícil para cada um de nós caracterizar uma máquina ou programa como inteligente ou não. Será inteligente um programa de computador quando joga xadrez visto que foi programado para isso? Analisar variáveis, reconhecer padrões, estabelecer prioridades, reagir à jogada do adversário, formular uma estratégia (esta última é discutível), são dos vários procedimentos que a máquina executa ao jogar xadrez. Será isso sinal de inteligência? Uns dirão que sim, mas muitos dirão que não, argumentando porque a máquina/programa foi programada para isso, acrescentando ao argumento que máquinas/programas são limitados à sua programação, daí são limitados para aquilo que são programados. Um programa de xadrez, pode jogar xadrez muito bem, mas perante uma tarefa simples como reconhecer um objeto ou faces humanas já não será capaz, visto a sua programação ser limitada ao xadrez. Isso é um fato, empiricamente validável, o Deep Blue pode ter ganho ao campeão mundial de xadrez, mas era incapaz de dizer uma palavra, de reconhecer um objeto ou de interagir com o meio. Contudo atualmente, já existem computadores, que reconhecem objetos, faces humanas, interagem com o meio, etc. Pergunto eu, então, se integrasse tudo o que os computadores são capazes de fazer, num único programa (sendo teoricamente possível), seria inteligente como o ser humano? Possivelmente responderão: Não, porque continuaria a limitar-se à programação, seria incapaz de perante uma situação nova (não prevista na sua programação) sair-se bem-sucedido, visto que só é capaz de executar, aprender ou aperfeiçoar-se para o que foi programado. Pergunto eu novamente, não será a educação no seu conceito mais amplo, uma forma de “programação”? A socialização integra o conceito de educação, e esta é essencial para a aquisição de hábitos, cultura e até mesmo a linguagem. Sem ela seriamos incapazes de interpretar e interagir com o mundo da mesma forma. No mesmo sentido, as pessoas analfabetas, como não “aprenderam a ler”, são incapazes de interagir com o mundo da mesma forma que aquelas que aprenderam. Este facto não se assemelha ao que acontece com os computadores? Porém, invés de listagem de condições lógico-matemáticas, variáveis, entre outros elementos da programação, o ser humano tem uma “programação” distinta, a Educação. Bibliografia: FUCHS, Alfred H.; MILAR, Katharine S. “Psychology as a Science”. In: ELCOCK, Jonathan; JONES, Dai. HISTORY AND THEORIES OF PSYCHOLOGY: A Critical Perspective. New York: Oxford University Press Inc, 2001, p. 27-46. FALCONE, Eliane M. O. “As bases teóricas e filosóficas das abordagens cognitivo-comportamentais In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira (orgs). História da Psicologia: Rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Ed., 2006, p. 195-214. FREEDHEIM, Donald K.; WEINER, Irving B. HANDBOOK of PSYCHOLOGY: VOLUME 1, HISTORY OF PSYCHOLOGY. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2003. BUYS, Rogerio Christiano. “A psicologia humanista”. In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira (orgs). História da Psicologia: Rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Ed., 2006, p. 339-348.