Prof. Júlio César Medeiros

PROFESSOR DE HISTÓRIA

juliocesarpereira@id.uff.br

SOBRE

Júlio César Medeiros é Dr. em História da Ciência e da Saúde pela Fiocruz.  É professor de História Contemporânea com enfase em África, da Universidade Federal Fluminense, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos e Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisa SANKOFA-UFF.

 

As origens da Revolução Industrial (Comentário à Eric Hobsbawm

A Revolução Industrial

Dizer ao certo onde começou a chamada Revolução Industrial ou  “evolução acelerada” foi algo que durante muito tempo integrou os  historiadores, porém Eric Hobsbawm em seu livro “A Era das Revoluções: 1789-1848” defende a data de 1780 para o inicio do  que chamou de a maior revolução da historia no mundo.

A Revolução Industrial nada mais foi que uma profunda mudança  tecnológica no meio de produção da sociedade inglesa que a partir  daí dar-se inicio a uma nova relação entre o termo que surge  chamado de capital e o modo de produção que foi implementado. A principal mudança se deu no meio agrícola onde a agricultura não  será mais o motor da sociedade e sim o trabalho por meio de  máquinas que gera uma acumulação de capital.

A Revolução Industrial trouxe consigo a centralização do  processo produtivo mas mãos de uma pessoa que será o patrão,  onde o objetivo será a obtenção de lucro. Entre esses meios de  processos os trabalhadores terão que a controlar máquinas, o  trabalho realizado por esse meio ficou conhecido como  maquinofatura.

O processo que desencadeou essa revolução foi o aumento das  cidades que cada vez precisavam de têxteis – que tinha um  desenvolvimento lento – alimentos e bebidas, cerâmicas e outros  produtos de uso domestico, daí surgiram as primeiras industrias por  volta de 1840.

A industria que logo se destacou foi a de algodão, já que este era  a principal matéria-prima dos ingleses, logo foi vista como parte  principal para a criação de novas tecnologias, onde surgem a

máquina de fiar, o tear movido a água, a fiadeira automática e logo  mais tarde a máquina de fiar a motor. Porém o algodão não era  nativo da Inglaterra, provinha das expansões colonialistas.

Máquina de Fiar

O crescimento da industria algodoeira foi tanto necessária para  abastecer as demandas e gerou o capital que a Inglaterra precisava  para sua revolução, que segundo o autor faz uma alusão a

Revolução Francesa, logo que que também foi de caráter econômico  e social.

Também, outras pequenas coisas contribuíram aos poucos para  a mudança dos modos de produção como uma mair utilizacão do  ferro como a pudelagem e a laminação, mais um ponto que não  pode ser deixado de lado e o fato do investimento estrangeiro na  Inglaterra, pois a maiorias dos países ainda estavam se  recuperando das guerras napoleônicas e pediam empréstimos a  Inglaterra para sua recuperação.

O autor busca traçar o ímpeto da industrialização que considera  o principal, a mão-de-obra, a Revolução Industrial alterou  profundamente as condições de vida do trabalhador braçal,  provocando inicialmente um intenso deslocamento da população  rural para as cidades, quanto mais gente para trabalhar, maior será o  lucro, principalmente nesse período que as populações se  avolumaram em torno das fabricas, criando assim verdadeiras  cidades sem infra-estrutura para comportar tanta gente em um  pequeno espaço, esse é o que chamamos de transferência de  recursos econômicos.

Os Cercamentos

A verdadeira revolução se deu no campo social e não  tecnológico, pois foi na mudança de vida das pessoas que marcou a  transição de um modelo agrário e dependente da terra, para algo  que impulsionasse para uma evolução, porém nem toda evolução e  benéfica, não que a revolução industrial não tenha sido, digo que  com ela surgiu problemas que antes não era possíveis, considero  com a leitura desse texto fica claro que neste ponto da história um  novo caminho se abre, caminho esse que até hoje esta sendo  traçado seja através de varias variantes da revolução industrial ou  da cibernética, mas o impacto que a revolução na Inglaterra cousou  foi única, novos conceitos surgiram como proletariado, capital, maisvalia  e tantos outros agregados ao socialismo fruto das  desigualdades desse modelo de produção.

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