Direção e Dramaturgia: Martha Ribeiro.
À partir de fragmentos de textos de Gertrude Stein
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11 a 29 de Novembro, de 2017 [Teatro Popular Oscar Niemeyer, Niterói]
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05 a 13 de Maio, de 2018 [Sala Eletroacústica, Cidade das Artes, Barra da Tijuca]
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23, 24, 25, 30, 31, de Maio a 1 de Junho de 2018 [Teatro Glauce Rocha, Centro do Rio]
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14,15 e 21, 22 de Agosto de 2018 [Teatro da UFF, Niterói]
Clipping:
- https://redeglobo.globo.com/globoteatro/noticia/eu-sou-eu-porque-meu-cachorrinho-me-conhece-estreia-no-rio.ghtml
- http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/programacao/interna/778
- https://sistema.funarte.gov.br/noticias-antigas/?p=107423
- https://www.dezminutosdearte.com.br/teatro/eu-sou-eu-porque-meu-cachorrinho-me-conhece/
“Tenho a convicção de que, para o ensino da arte do ator, a encenação tem um diferencial enorme para a abertura dos canais criativos e expressivos, para canalizar de forma ímpar e global: o jogo de cena, o artifício, a estrutura relacional entre os atores, entre atores e espectadores, o espaço e tempo da ação, a consciência do corpo enquanto um composto feito de linhas, ritmo e dinâmica, na sensibilização da relação dos corpos com a respiração, a luz, a paisagem sonora, etc., isto é, para reunir de forma eficaz a materialidade corpórea da cena e os movimentos expressivos do ator para o aprendizado de uma estética que não se quer psicológica, mas corporal.”
— Martha Ribeiro
O espetáculo se realiza no cruzamento de diferentes mídias e expressões artísticas, criando uma dramaturgia ético-sonora, a partir dos corpos dos atores, tendo como fundo as acrobacias verbais propostas por Stein. Na associação de imagens e de ideias, sem relação aparente, nos jogos sonoros e corporais, denominados fluxos, nas repetições insistentes e na justaposição de estados emocionais, o espetáculo nos interroga sobre a questão da identidade e do sentido da arte hoje, embaralhando o real e a ficção, acentuando a instabilidade entre essas duas ordens. Buscamos, em todas as situações propostas, o ator e o sujeito em situação de embaraço diante de um público que espera uma mensagem ou um sentido que não virá.
Para a criação cênico-dramatúrgica, partimos da linguagem de cena. Não se partiu de nenhum texto específico de Gertrude Stein para a criação dos fluxos, que são as linhas de movimento dos corpos e seus afetos. Todas as paisagens corporais, sonoras e de movimento, inclusive os retratos, que operam para além da ideia de personagem ou identidade, foram criadas de forma anterior à colagem de textos de Gertrude, que nos inspiram na medida de sua resistência ao diálogo dramático, instituindo no lugar do drama a peça-paisagem. As palavras de Stein devem ser ouvidas e sentidas como um corpo, enquanto atividade visível e sonora, para além do sentido, o que buscamos realizar no palco.






