A exposição performativa ESTOU VIVA, com proposta e curadoria de Martha Ribeiro, é o resultado do curso-laboratório de pós-graduação “CORPOS CUIR, CORPOS TRANS: para uma estética da desobediência política na cena contemporânea*”,...
Coordenação Artística: Martha Ribeiro.
O Laboratório de Criação e Investigação da Cena Contemporânea (LCICC) é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA), ao Curso de Artes da UFF e ao CNPq.
O LCICC se constitui como um território livre de criação, reflexão e expressão artística, absorvendo alunos de mestrado, graduação, professores e profissionais da área.
Unindo de forma dialética prática e teoria, propomos um espaço criativo que privilegie o esgarçamento dos campos visuais, corporais e sonoros, tendo na experimentação cênica o alicerce para o desenvolvimento de novas perspectivas éticas e poéticas para a composição da cena teatral.
O LCICC é uma plataforma híbrida entre a academia e o mercado produtivo teatral, que aposta numa visão integrada entre aprendizado e criação artística, investindo em:
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Pesquisa cênica
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Treinamento de atores/performers
O LCICC, através de seus projetos de pesquisa cênica — “Pirandello Contemporâneo” (2009-2015) e “Retratos e paisagens como dispositivos de cena” (2015-atual) — investiga os processos identitários e de acesso ao real pela via da ficção, explorando a fricção entre elementos ficcionais e biográficos dos artistas envolvidos.
A pesquisa que desenvolvo atualmente no LCICC, “Retratos e paisagens como dispositivos de cena”, tem como bases de investigação e reflexão crítica:
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o movimento e o gesto corporal
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a dramaturgia física ótico-sonora
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a cena autobiográfica
Nosso olhar se volta para uma reflexão sobre as artes da cena e sobre o sujeito contemporâneo, privilegiando na composição dos espetáculos temáticas/perguntas como:
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Real
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Memória
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Identidade
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Amor
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Morte
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Representatividade
Buscamos as rupturas, as contaminações, as fissuras da linguagem, para a configuração de uma cena narrativa, fragmentada e dialética.
Em cada espetáculo, o objetivo é desenvolver uma poética sem hierarquia, uma paisagem cênica que faça do ator um “engenheiro da expropriação de si mesmo”, e que estimule o espectador a um processo de reflexão dialética sobre sua própria imersão no mundo.
PESQUISA
Os espetáculos do LCICC são marcados pelo hibridismo, pela intertextualidade canibal e pelo fragmento sintético, num franco diálogo com os mortos.
Nossas reflexões sobre o sujeito contemporâneo — seu estar no mundo, mais especificamente o sujeito posto em situação de representação — nos colocam em confronto direto com as realidades deste mundo.
Os fluxos, uma espécie de “dança às avessas” (movimentos corporais-afetivos não textuais) criados em cada espetáculo, apontam de forma crítica para a sociedade contemporânea e seus nós:
p r o d u t i v i d a d e / r e d e s s o c i a i s / v e l o c i d a d e / p ó s-verdade / liquidez / pornografia / consumo / agenciamentos
Mas tudo isso para dizer:
“Como é possível, num mundo desses, ter-se alguma esperança?”
E é então que o teatro, a ficção, a fantasia, vêm nos atravessar com sua potência, abrindo sobre nossas cabeças um novo céu azul — de papel, sim — mas mais real que o cinza cotidiano do mundo, pois o teatro é essencialmente território da utopia.
O TREINAMENTO
O LCICC desenvolve métodos de treinamento para o ator/performer com o objetivo de abrir seus canais afetivos e empáticos, tornando-os conscientes de seus gestos e das estruturas de suas emoções.
Os exercícios que proponho são concebidos para que o ator trabalhe seus movimentos internos, ativando a respiração, o ritmo e sua dinâmica própria, singular.
Não trabalhamos com a ideia de personagem, mas sim com as potências individuais de cada ator envolvido no processo, criando condições efetivas para o desenvolvimento da imaginação e da espontaneidade, por meio do autoconhecimento.
Através dos exercícios — ou fluxos, como denominamos as cenas-movimento que partem do desenho dos corpos no espaço — buscamos construir uma metodologia de aprendizado da arte do ator desvinculada da formalidade acadêmica tradicional, mais próxima de um dispositivo de aprendizado pela experiência prática.
Trata-se de um processo metodológico que compreende o ensino da arte do ator na prática cênica como uma paisagem movente e heterogênea, não estática, que se constrói na relação processual com a criação do espetáculo cênico.
Uma dupla investigação está sempre presente:
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A criação estética do espetáculo
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Os processos criativos gerados para investigar essa estética, com foco na percepção dos fluxos — dinâmicas, linhas e intensidades — enquanto método de atualização dos corpos
Amor Não Recomendado
Direção geral e de movimento, Dramaturgia: Martha Ribeiro. 19, 20, 26, 27 de Março de 2019 [Teatro da UFF, Niterói] E aqui acrescentamos: O que interessa é a qualidade da duração dessa relação: a duração de um vínculo amoroso como um processo de construção...
Eu Sou Eu Porque Meu Cachorrinho me Conhece
Direção e Dramaturgia: Martha Ribeiro. À partir de fragmentos de textos de Gertrude Stein 11 a 29 de Novembro, de 2017 [Teatro Popular Oscar Niemeyer, Niterói] 05 a 13 de Maio, de 2018 [Sala Eletroacústica, Cidade das Artes, Barra da Tijuca] 23, 24, 25, 30, 31, de...
Serata Futurista Ou De Como as Palavras são Cheias de Ar
Direção e Dramaturgia: Martha Ribeiro. Teatro Popular Oscar Niemeyer - 21, 22 e 23 de Agosto de 2015 Parque das Ruínas - 11, 12 e 13 de Setembro de 2015 Centro Cultural Carioca - 14, 21 e 28 de novembro de 2015 Clipping:...
Mas Afinal, Quantos Somos Nós?
Direção e Dramaturgia: Martha Ribeiro. Teatro Popular Oscar Niemeyer - 25, 26 de Novembro e 02 de Dezembro de 2015 Teatro da UFF - 1, 2, 3, 8, 9 e 10 de Maio de 2015 Neste espetáculo-paisagem investe-se na metamorfose, muito mais do que na ação narrativa fabulesca....




