Prof. Júlio César Medeiros

PROFESSOR DE HISTÓRIA

juliocesarpereira@id.uff.br

SOBRE

Júlio César Medeiros é Dr. em História da Ciência e da Saúde pela Fiocruz.  É professor de História Contemporânea com enfase em África, da Universidade Federal Fluminense, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos e Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisa SANKOFA-UFF.

 

Inglaterra, Rainha dos Mares, dominadora de mentes.

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 29 set 2020
Sem Comentários

A Inglaterra alargou sua expansão imperial ao longo do século XIX, devido ao seu grande poderio marítimo baseado no “domínio dos mares”, ou seja, uma visão do mar como uma possível rota comercial. Esta antiga visão, deita origens no inicio do reinado da Dinastia Tudor e se consolidou como uma politica bem sucedida que culminou com o advento do imperialismo tal como conhecemos.

Foi no reinado de Elisabeth I, que a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, política e cultural da Europa, tornando o período conhecido como a “Era de Ouro” inglesa. A rainha foi responsável pelo bom desempenho do governo da Dinastia Tudor. Ainda em vida, ela viu a alcunha de “Rainha dos Mares” se tornar realidade, o título passara do Reino de Espanha para agora a nova senhora marítima.  

Rainha Elizabeth I

Talvez o intuito de preservar suas rotas marítimas para as Índias, demonstre o pragmatismo britânico com que levou a cabo, ao longo dos séculos, a sua supremacia nos mares.

Em África, a costa oeste, do Golfo da Guiné foi o lugar de vários portos que possibilitaram a chegada  ao Cabo da Boa Esperança. Uma vez ali, puderam navegar até as Índias, no Oceano Índico.

Na Malásia conseguiram acesso ao Estreito de Malaca, a porta de entrada marítima para a grande império chinês que passou a sofrer o assédio britânico constante que tentava a todo custo romper suas barreiras comerciais. Uma vez em Hong Kong, o caminho estava aperto o mercado estabelecido, mesmo que não sem protestos e lutas do povo chinês que viu sua cultura milenar ser pulverizada diante das forças britânicas.  

Agora, na América, ao se situarem em Cabo de Hornos, no Chile, anexaram as Ilhas Malvinas, no Atlântico Sul, batizando-as de Falklands Isands, dominando a região e outros portos do Pacífico.

No Mar Mediterrâneo, a abertura do Canal de Suez reduziu sensivelmente o tempo e o custo das viagens para as Índias. Daí, foi mais fácil ocupar militarmente o Egito, adquirir Chipre e,  estabelecer de Protetorados na Somália, agora “Britânica”.

Assim, militarmente, os britânicos instalaram seus domínios em territórios e portos pelo mundo expandindo o domínio  Britânico em locais estratégicos nas principais grande rotas marítimas comerciais. A rainha dos mares estava senhora do mundo e de si.

Além disto, Londres controlava a maioria dos grandes cabos transoceânicos de comunicação que, entre 1865 e 1914, constituíram uma rede de comunicação mundial usada tanto para fins militares como comerciais, em que inclusive o Brasil, graças ao Barão de Mauá, passou a ligar o Paço Imperial à capital londrina. D. Pedro II e o Parlamento Inglês conectados via cabo submerso por baixo da Bahia Guanabara.

“Tempo é dinheiro” e o controle dele também, e para controlá-lo,  a fim de sincronizar suas transações comerciais, a Inglaterra impôs a adoção do o tempo horário de Greenwich para fixar os fusos horários mundiais.

Big Ben – Londres

Até 1870, a Grã-Bretanha incentivou o livre comércio até a década de 1870.  No final do século, ela já desejava uma área comercial protegida dentro de seu império, embora, a maior parte de seus lucros viesse do “império informal” criado pelos investimentos britânicos em todo o mundo.

Assim, as estruturas sociais foram modificadas aos longo dos séculos, tendo como aliadas nesta dominação, um forte afluxo de migrantes britânicos para as colônias britânicas ao redor do mundo, bem como a multiplicação de Sociedades Missionárias Cristãs que no intuito de levar a fé, espalhavam também a cultura inglesa ao mesmo tempo que pressionavam pelo fim do odioso comércio negreiro e o fim da escravidão.

Mas isto já é outra história, aliás, a continuação da mesma, mas de um outro ponto de vista que  demonstra que, ao fim ao cabo, a pressão pelo fim do tráfico negreiro foi de fato uma bandeira dos protestantes britânicos, mas não deixou de ser possuir um forte apelo capitalista.

(Júlio César Medeiros, prof. Dr. História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense)

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Liberalismo Econômico e a formação do mundo contemporâneo

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 03 out 2019
Sem Comentários

Por: Júlio César Medeiros da Silva Pereira

Introdução

A Revolução Industrial impactou o mundo de forma surpreendente. Enquanto a Revolução Francesa as guerras napoleônicas modificaram o coração do mundo,  o perfil da sociedade europeia e mundial do século XIX, foi transformado pela Revolução Industrial que passou a alterar a percepção vigente, agora descrito com a velocidade das locomotivas que cortavam os continentes transportando minérios para serem levados para grande potência industrial do momento e velocidade do crescimento do capital que devora a mão de obra da classe trabalhadora em nome do bem estar comum. Mas como isto se deu? Quais foram as transformações no campo do pensamento que permitiram o avanço das práticas capitalistas? É o que veremos nos próximos parágrafos  de forma breve, a fim de compreendermos as diferentes contribuições do pensamento econômico que ajudaram a moldar o mundo tal como o conhecemos.


Eugène DELACROIX , La Liberté guidant le Peuple (La libertad guiando al Pueblo) (1830)

Foi no século XVIII que ganhou força um novo pensamento. Uma nova ideologia, baseada nas ideias liberais, já aventadas pelos iluministas,  varreram  a Europa moldando o mundo ao poucos, mas sem muita resistência às necessidades do capital moderno em contraposição ao pensamento absolutista os quais se constituíam como verdadeiros entraves às mudanças econômicas, gestadas no bojo das alterações sociais produzidas pelo capital, incompatíveis com a intervenção do Estado e burocratização da economia.

Surgem Novas teorias econômicas

Adam Smith (1723 —  1790)

O escocês não foi o pai da economia moderna, mas suas teorias econômicas tiveram influência sobre a mesma. O seu pensamento constitui um marco importante nesta ramo do saber. O mundo e as relações humanas deixariam de ser explicados pela filosofia e o pensamento econômico, impulsionado pela sua obra A Riqueza das Nações, de em 1776, passaria a ditar o novo estilo de vida e a forma de se fazer política.  

Nascia a Economia Política Clássica, um novo campo de conhecimento baseado em teorias, que analisavam os aspectos econômicos da sociedade a partir de análises racionais e premissas embasadas em dados, geralmente, sólidos.   Mas Smith não foi o primeiro a se levantar contra o pensamento antigo defendido pelos absolutistas que, primavam pelo mercantilismo, metalismo e balança comercial favorável (O tripé da política econômica absolitista).

Os fisiocratas (do grego “Governo da Natureza”) já haviam elaborado uma crítica às teses mercantilistas, que defendiam ardentemente que riqueza de uma nação consistia na posse de grandes quantidades de moeda- ouro e prata – e pela balança comercial favorável. Os fisiocratas argumentavam que era a posse dos bens materiais que garantia a riqueza de um país e que a terra era principal fonte de desenvolvimento sendo todo outro tipo de trabalho, que não o agrário, como secundário.

Cena de Tempos moderno -Charles Chaplin

Adam Smith, acrescentou a esta ideia, a premissa de que era o trabalho que gerava a riqueza.  Em A Riqueza das Nações, ele mostrou a que a verdadeira riqueza consistia no trabalho e que este traria o crescimento da produtividade gerando benesses a todos, e que o seu valor não se restringia ao trabalho agrícola, mas que todo tipo de produção humana era capaz de gerar valor.

Em decorrência dessa premissa sobre a produtividade do trabalho-, Adam Smith defendia a ideia individualista, segundo a qual, se cada indivíduo cuidasse somente de seus interesses econômicos, a sociedade como um todo prosperaria e, que, além disto, se auto regularia a compra e a venda no “mercado” através da famosa lei da oferta e da procura. Estava nascendo o princípio liberal que, grosso modo, pode ser resumido pela não intervenção do Estado na economia. Isto foi de fato bastante inovador, pois, até então, o Estado absolutista era extremadamente regulador da economia e direcionava desde a produção até o consumo. Agora, Smith propunha a liberdade da iniciativa privada industrial para que se expandisse cada vez mais, contra as possíveis restrições econômicas, taxações e monopólios.

Thomas Malthus (1776-1834)

Tais teorias econômicas foram consideradas otimistas por vários pensadores da economia clássica, entre os quais, o também britânico Thomas Robert Malthus. Autor de o Ensaio sobre o Princípio da População;  livro em que ele defendia que, a proposta de prosperidade de Smith, não se efetivaria na medida, em que, o crescimento populacional seria sempre maior que a produção. Ou seja, segundo ele, a produção crescia em termos aritméticos e a população em termos geométricos. Pessimista,  Malthus não acreditava na abundância e prosperidade que, segundo Smith seria trazida pelo trabalho, mas previa um cenário de escassez e fome, surtos de miséria que, aos poucos, levaria o mundo todo ao caos.  Dizia ele “O homem que nasce num mundo que já tem donos, se não puder obter de seus pais a subsistência a nenhum direito possui de reivindicar a menor proporção de alimentos e, em tem a fazer aqui. Na poderosa festa da Natureza, não há lugar para ele. A Natureza lhe diz para ir embora”. (Malthus, T.R. Ensaio sobre o Princípio da População)

Crescimento Populacional

Na visão Malthusiana, os próprios pobres são os únicos responsáveis pelas suas pobrezas pois, a seus olhos, são eles quem mais procriavam. E, para criticar o instinto natural da procriação que, em sua visão, os pobres possuíam em maior intensidade, ele constrói um argumento que, aparentemente, encontra em outra lei natural a sua justificativa. Afirma:

Em todo o reino animal e vegetal a Natureza dispersou as sementes da vida com mão profusa e liberal; mas foi relativamente mesquinha quanto ao espaço e à capacidade de alimentação necessários para sustentar tais sementes. A raça das plantas e a raça dos animais reduziram-se sob essa grande lei restritiva, e a raça do homem não pode por nenhum esforço dela escapar.(Malthus, T. R. Ensaio sobre o Princípio da População)

Malthus estava errado, na verdade, suas ideias eram racistas e visavam resguardar o acesso as benesses produzidas apenas à pequena elite dos países industrializados. Ele estava errado também porque não viu, ou não quis enxergar que as inovações tecnológicas iriam aumentar também de forma brutal a produção alimentícia para grande parte do mundo. Mesmo assim, suas teorias foram usadas para defender o controle de natalidade em países pobres e a eficácia de guerras e pestes como um mal necessário para  frear o crescimento populacional.

Infelizmente, os seus pensamentos voltaram a ganhar força com o pensamento neomalthusiano que, em pleno século XXI, defende que os recursos naturais produzidos não são suficientes para toda a humanidade e que, por conta disto, devem ser tomadas medidas radicais como as propostas por aquele velho pensador inglês.

David Ricardo (1722-1823)

 A economia clássica ganhou um novo impulso com o aparecimento da obra Princípios de Economia Política e Tributação, de autoria de David Ricardo. O inglês ampliou o pensamento de Smith ao afirmar que existe uma relação entre a renda dos trabalhadores e a renda dos proprietários e capitalistas.  David Ricardo analisa cada uma delas e conclui que a renda de cada trabalhador é suficiente apenas para prover sua sobrevivência e, consequentemente, ele está condenado a uma eterna miséria. Já os capitalistas, no que diz respeito à renda, verão seu lucros diminuírem na medida em que eles se veem forçados a gastar com o pagamento de maiores salários aos trabalhadores, enquanto, por outro lado, o esgotamento do solo fértil e a explosão demográfica, dificultará o atendimento da demanda de alimentos, o que por sua vez, provocaria uma elevação dos preços das mercadorias, encarecendo o custo de vida.

Aos poucos, tais teorias reforçam a ideia do dinheiro como um  meio de troca e  a terra a intervenção do Estado vão ficando cada vez mais representativas do passado arcaico e improdutivo.   Estava sendo ampliado a teoria do livre mercado.

John Stuart Mill (1806-1873)

John Stuart Mill ganhou reconhecimento por desenvolver a já conhecida teoria do fundo de salários. Uma espécie de fundo total disponível aos trabalhadores, a qual determinaria os salários. Mas enquanto a maior parte dos pensadores clássicos considerava esse fundo igual ao capital total, Mill o concebia como o mínimo necessário para comprar a mão-de-obra, ou seja, a força produtiva.

Resumindo, de uma forma ou de outra, todas as teorias econômicas gestadas no bojo da Revolução Industrial primavam pela divisão internacional do trabalho que davam a alguns países a função de produziriam alimentos e matérias-primas,  e a outros manufaturas, que beneficiaria, logicamente, os países industrializados, em detrimento dos países pobres que eram amplamente explorados.

Estava lançado o liberalismo clássico, que ditaria as ações governamentais dos países mais desenvolvidos durante todo o século XIX, estendendo-se até o início do século. Tal doutrina só foi revista pelos seus defensores com a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929. A partir daí, a socialdemocracia ganharia cada vez mais força deixando  o liberalismo em segundo plano. Contudo, as ideias preconizadas pelo liberalismo, ressurgiram neste século sob a forma do neoliberalismo.

Ainda hoje encontramos pensadores, políticos e economistas defendendo o livre comércio, o Estado mínimo, privatizações, a ideia de um mercado auto regulado pela lei da oferta e da procura e teorias racistas para a diminuição populacional, sobretudo nos países pobres, e a supressão dos direitos trabalhistas. De fato, o mundo em que vivemos foi moldado de forma tão veemente por aqueles antigos pensadores que ainda hoje se sente a sua força empurrando as camadas pobres para o sub emprego e exploração crescente. 

Bibliografia

DICIONÁRIO de Ciências Sociais. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1987.

MARX, Karl. Divisão do trabalho e manufatura. In: _____. O capital: crítica da economia política. 11. ed. São Paulo: Bertrand Brasil-Difel, 1987. L. I. v. 1.

__________. Posfácio da 2. ed. In: O capital: crítica da economia política. 8. ed. Tradução: Reginaldo Santana. São Paulo: Difel, 1982.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia.  31. ed. Campinas/SP: Autores Associados, 1997.

SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Nova Cultural, 1996. v. 2.

WEFFORT, Francisco. (Org.). Apresentação. In: ______. Clássicos da política. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991. v. 1. p. 7-10.

As origens da Revolução Industrial (Comentário à Eric Hobsbawm

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 04 set 2019

A Revolução Industrial

Dizer ao certo onde começou a chamada Revolução Industrial ou  “evolução acelerada” foi algo que durante muito tempo integrou os  historiadores, porém Eric Hobsbawm em seu livro “A Era das Revoluções: 1789-1848” defende a data de 1780 para o inicio do  que chamou de a maior revolução da historia no mundo.

A Revolução Industrial nada mais foi que uma profunda mudança  tecnológica no meio de produção da sociedade inglesa que a partir  daí dar-se inicio a uma nova relação entre o termo que surge  chamado de capital e o modo de produção que foi implementado. A principal mudança se deu no meio agrícola onde a agricultura não  será mais o motor da sociedade e sim o trabalho por meio de  máquinas que gera uma acumulação de capital.

A Revolução Industrial trouxe consigo a centralização do  processo produtivo mas mãos de uma pessoa que será o patrão,  onde o objetivo será a obtenção de lucro. Entre esses meios de  processos os trabalhadores terão que a controlar máquinas, o  trabalho realizado por esse meio ficou conhecido como  maquinofatura.

O processo que desencadeou essa revolução foi o aumento das  cidades que cada vez precisavam de têxteis – que tinha um  desenvolvimento lento – alimentos e bebidas, cerâmicas e outros  produtos de uso domestico, daí surgiram as primeiras industrias por  volta de 1840.

A industria que logo se destacou foi a de algodão, já que este era  a principal matéria-prima dos ingleses, logo foi vista como parte  principal para a criação de novas tecnologias, onde surgem a

máquina de fiar, o tear movido a água, a fiadeira automática e logo  mais tarde a máquina de fiar a motor. Porém o algodão não era  nativo da Inglaterra, provinha das expansões colonialistas.

Máquina de Fiar

O crescimento da industria algodoeira foi tanto necessária para  abastecer as demandas e gerou o capital que a Inglaterra precisava  para sua revolução, que segundo o autor faz uma alusão a

Revolução Francesa, logo que que também foi de caráter econômico  e social.

Também, outras pequenas coisas contribuíram aos poucos para  a mudança dos modos de produção como uma mair utilizacão do  ferro como a pudelagem e a laminação, mais um ponto que não  pode ser deixado de lado e o fato do investimento estrangeiro na  Inglaterra, pois a maiorias dos países ainda estavam se  recuperando das guerras napoleônicas e pediam empréstimos a  Inglaterra para sua recuperação.

O autor busca traçar o ímpeto da industrialização que considera  o principal, a mão-de-obra, a Revolução Industrial alterou  profundamente as condições de vida do trabalhador braçal,  provocando inicialmente um intenso deslocamento da população  rural para as cidades, quanto mais gente para trabalhar, maior será o  lucro, principalmente nesse período que as populações se  avolumaram em torno das fabricas, criando assim verdadeiras  cidades sem infra-estrutura para comportar tanta gente em um  pequeno espaço, esse é o que chamamos de transferência de  recursos econômicos.

Os Cercamentos

A verdadeira revolução se deu no campo social e não  tecnológico, pois foi na mudança de vida das pessoas que marcou a  transição de um modelo agrário e dependente da terra, para algo  que impulsionasse para uma evolução, porém nem toda evolução e  benéfica, não que a revolução industrial não tenha sido, digo que  com ela surgiu problemas que antes não era possíveis, considero  com a leitura desse texto fica claro que neste ponto da história um  novo caminho se abre, caminho esse que até hoje esta sendo  traçado seja através de varias variantes da revolução industrial ou  da cibernética, mas o impacto que a revolução na Inglaterra cousou  foi única, novos conceitos surgiram como proletariado, capital, maisvalia  e tantos outros agregados ao socialismo fruto das  desigualdades desse modelo de produção.

A Revolução Francesa

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 21 ago 2019

(Prof. Júlio César Medeiros da Silva Pereira

Índice

1. A Revolução Francesa

2. Datas e fatos marcantes

3. Texto complementar

4. Exercícios resolvidos

5. Exercícios propostos

6. Exercícios de Concursos

7. Gabarito

8. Bibliografia

          A Revolução Francesa foi, historicamente, o acontecimento mais importante do período Moderno. Ela faz parte de um movimento global que afetou todo o Ocidente nos fins do século XVIII.

          A sociedade francesa da segunda metade do século XVIII era uma sociedade de estamentos, composta de dois grupos privilegiados o clero, Primeiro Estado e a nobreza, Segundo Estado,  que oprimiam e exploravam um terceiro grupo, constituído pela grande maioria da população o Terceiro Estado, formado pelos burgueses, pelos camponeses sem terra e pelos sans – culottes, uma camada heterogênea composta de artesãos, aprendizes e proletários.

          Os impostos e as contribuições para o rei, o clero e a nobreza eram pagos pelo Terceiro Estado. O clero e a nobreza não só tinham isenção tributária como ainda usufruíam do tesouro real, através de pensões e cargos públicos. Todo esse quadro de injustiças sociais foi denunciado pelos filósofos iluministas, o que muito contribuiu para a eclosão da revolução.

          O clero e a nobreza tentaram diversas manobras para conter o ímpeto reformista do Terceiro Estado. Dada a intransigência dois Estados dominantes, o Terceiro Estado. Dada a intransigência dos Estados dominantes, o Terceiro Estado, reunindo-se em separado, a 15 de junho de 1789, proclamou-se em Assembléia Nacional, que a 9 de julho se transformou em Assembléia Nacional Constituinte.

          No dia 14 de julho a Bastilha foi tomada pelo povo, a revolução estendeu-se ao campo, com maior violência, onde os camponeses saqueavam as propriedades feudais e invadiam os cartórios para queimar os títulos da propriedade daquelas terras.

          A Assembléia Constituinte, no dia 4 de agosto, aprovou a abolição dos direitos feudais, e a 26 a Declaração dos Direitos do Homem. A finalidade dessas leis era a de aliviar as pressões da massa.

          Em 1791 iniciou-se a fase denominada Monarquia Constitucional, com o rei perdendo seus poderes absolutos, o feudalismo abolido, os bens eclesiásticos nacionalizados, a instituição civil do clero e o reconhecimento da igualdade civil.

          A República foi proclamada e a Convenção iniciou o governo, com supremacia dos jacobinos, liderados por Robespierre. Com a morte de Robespierre iniciou-se a fase denominada Reação Termidoriana, que assinala a volta da alta burguesia ao poder, esse período foi marcado por uma série de golpes, tanto da direita como da esquerda. O término foi  em 9 de novembro de 1799, o 18 Brumário de Napoleão Bonaparte.

2. Datas e Fatos marcantes da Revolução Francesa

1787: Revolta dos Notáveis

1789: Revolta do Terceiro Estado; 14 de julho: Tomada da Bastilha; 26 de agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

1790: Confisco dos bens do Clero.

1791: Constituição que estabeleceu a Monarquia Constitucional.

1791: Tentativa de fuga e prisão do rei Luís XVI.

1792: Invasão da França pela Áustria e Prússia.

1793: Oficialização da República e morte do Rei Luís XVI; 2ª Constituição.

1793: Terror contra os inimigos da revolução.

1794: Deposição de Robespierre.

1795: Regime do Diretório — 3ª Constituição.

1799: Golpe do 18 de brumário (9 de novembro) de Napoleão.

Conclusão

                A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna, pois significou o fim do absolutismo e dos privilégios, ao menos da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados, mesmo que não se possa entender que a Revolução cumpriu a meta de acabar com a desigualdade. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo e garantiu o seu domínio. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas lançadas e os seus ideais iluministas influenciaram a Independência dos Estados Unidos, dos países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

3. Texto complementar

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

A Assembléia Nacional reconhece e declara em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do cidadão:

I.Os homens nascem e permanecem livres e iguais perante a lei; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.

II. O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem; esses direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

III. O Princípio fundamental de toda autonomia reside essencialmente na nação; nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que ela não emane expressamente.

VII. Ninguém pode ser acusado, preso, nem detido, senão nos casos determinados pela lei, e segundo as formas por ela prescritas. Os que solicitam, expedem, ou fazem executar, ordens arbitrárias devem ser punidos; mas todo cidadão chamado em virtude da lei deve obedecer incontinenti; ele torna-se culpado em caso de resistência.

XVII. A propriedade sendo um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado se não for por necessidade pública, legalmente constatada, sob a condição de uma justa e prévia indenização.

4. EXERCICIOS RESOLVIDOS

  1. Os revolucionários franceses, sob o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade, levaram os ideais iluministas às últimas conseqüências. Explique o ideal dos revolucionários franceses.

Resposta : Procuraram instituir um Estado caracterizado por maior participação política da população e pela diminuição das desigualdades sociais.

  • Explique o termo “girondino “ .

Resposta : Era aplicado aos deputados eleitos pela província de Gironda, localizada no sul da França, e depois a palavra passou a ser empregada para designar um grupo político mais amplo, que incluía a burguesia.

  • O que representava a Bastilha ?

Resposta : Era um símbolo de opressão, pois em seu interior ficavam trancafiados os prisioneiros políticos.    

5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

  1. Formado por bispos, abades e cônegos, vindos de famílias da nobreza :
  1. baixo clero;
  2. alto clero;
  3. jesuítas;
  4. protestantes;
  5. rabinos.
  • Vivia no palácio do rei, recebendo pensões da monarquia :
  1. nobreza cortesã;
  2. nobreza provincial;
  3. nobreza de toga;
  4. sans-culottes;
  5. camponeses.
  • Formados por servos ainda presos às obrigações feudais e por trabalhadores livres:
  1. camponeses;
  2. grande burguesia;
  3. média burguesia;
  4. pequena burguesia;
  5. sans- culottes.
  • A economia francesa antes da revolução era predominantemente :
  1. artesanal;
  2. manufatureira;
  3. agrária;
  4. industrial;
  5. escravista.
  • No dia 14 de Julho de 1789, o povo em célebre jornada  revolucionária, invadiu e tomou a :
  1. prisão da Bastilha;
  2. Palácio de Versalhes;
  3. Assembléia Legislativa;
  4. Banco Francês;
  5. Basílica de São Pedro.
  • Representavam a alta burguesia, defendiam posições moderadas, temendo que as camadas populares assumissem o controle da revolução e comprometessem a riqueza econômica da alta burguesia:
  1. Girondinos;
  2. Jacobinos;
  3. Planície;
  4. Sans – culottes
  5. Campesinato.
  • Era aplicado inicialmente aos deputados eleitos pela província de Gironda, localizada no sul da França. Depois, a palavra passou a ser empregada para designar um grupo político mais amplo, que incluía a burguesia.
  1. Jacobinos ;
  2. Girondinos ;
  3. Sans-culottes;
  4. Farroupilhas ;
  5. Malês;  

6. QUESTÕES

  1. ( MACKENZIE ) A abolição da escravidão nas colônias, a criação da Lei do Máximo, o estabelecimento do sufrágio universal, a criação  do Tribunal Revolucionário e o Comitê de Salvação Pública foram instituídos na Revolução Francesa, na fase :
  2. Assembléia Nacional Constituinte;
  3. Convenção Nacional;
  4. Diretório;
  5.  Reação Termidoriana;
  6. Monarquia Constitucional.
  • ( PUC) No contexto da Revolução Francesa, a organização do Governo Revolucionário significou um forte centralização do poder: o Comitê de Salvação Pública, eleito pela Convenção, passou a ser o efetivo órgão do Governo… Havia ainda o Comitê de Segurança Geral, que dirigia a polícia e a justiça, sendo que estava subordinado ao Tribunal Revolucionário que tinha compet6encia para punir, até a morte todos os suspeitos de oposição ao regime. O conjunto de medidas de exceção adotadas pelo Governo revolucionário deram margem a que essa fase da Revolução viesse a ser conhecida como :
  1. os Massacres de Setembro;
  2. o Período do Terror;
  3. o Grande Medo;
  4. o Período do Termidor;
  5. o Golpe de 18 de Brumário.
  • ( PUC) Sobre os acontecimentos que marcaram o período da Revolução Francesa conhecido como Convenção Nacional ( 1792-1794), é correto afirmar que :
  1. em fins do ano de 1793, os jacobinos formaram um governo apoiado pelos “sans-culottes”. Os quais defendiam os interesses dos pobres., por meio de uma tributação progressiva e de um teto máximo para preços e salários;
  2. entre setembro de 1792 e junho de 1793, estabeleceu-se a República Girondina, criando-se o tribunal revolucionário encarregado de descobrir os suspeitos de traição;
  3. a Constituição do Ano I, elaborada  pela República Jacobina estabeleceu o sufrágio censitário;
  4. caracterizou-se como uma fase de vitórias externas, especialmente contra as coligações anti-França lideradas pela Áustria e pela Espanha;
  5. foi criado, pelos Girondinos, um Comitê de Segurança Geral, com o objetivo de confiscar os bens do Clero.
  • ( PUC) A Revolução Francesa ( 1789 –1799) enquadra-se no contexto mais amplo das revoluções burguesas que sacudiram a Europa entre 1789-1848. Poder-se-ia mesmo afirmar que houve “revoluções” dentro da  Revolução Francesa. Nesse sentido, a tentativa de aplicação do princípio da soberania da maioria, inspirado nas idéias de Jean Jacques Rousseau, através de extensão do direito de voto a todos os homens maiores de 21 anos, independentemente de sua situação econômica, a abolição da escravidão nas colônias francesas e a realização de uma reforma agrária extinguindo os os resquícios feudais, referem-se ao período:

a)da Monarquia Constitucional;

b) da Assembléia Constituinte;

c)da Convenção Nacional;

d) do Diretório;

e) do Consulado.

  • ( UFMG) Leia estes versos, que eram cantados na França, durante a fase do Terror, ocorrida entre junho de 1793 e junho de 1794:

Santa Guilhotina, protetora dos patriotas, rogai por nós;

Santa Guilhotina, terror dos aristocratas, protegei-nos.

Máquina adorável, tende piedade de nós.

Máquina admirável, tende piedade de nós.

Santa Guilhotina, livrai-nos de nossos inimigos.

( Com a melodia da Marselhesa)  

Ó celeste Guilhotina,

Você abrevia rainhas e reis,

Por tua influência divina;

Reconquistamos nossos direitos.

Sustenta as Leis da pátria

E que teu soberbo instrumento

Torne-se sempre permanente

Para destruir uma seita ímpia.

Alfa tua lâmina para Pitt e seus agentes

Enriquece tua bagagem com cabeças de tirano!

( Citado por ARASSE, Daniel. “A guilhotina e o imaginário do Terror” São Paulo: ática, 1989.p. 106-107).

A partir da leitura desses versos, é correto afirmar que :

  1. a difusão da idéia de uma “pátria em perigo” ficou sem efeito prático, ilimitada ao discurso político;
  2. a guilhotina foi utilizada como um  instrumento capaz de representar o ato de justiça do povo;
  3. a  ordem interna, na fase do Terror, se enfraqueceu devido à ação do Comitê de Salvação Pública;
  4. o ardor contra-revolucionário, expresso no louvor à guilhotina, era endereçado aos seguidores de Bonaparte.
  • ( UFPB) A Revolução Francesa foi entrecortada por várias fases, que serviriam de cenário para conflitos, sonhos e redefinições políticas. Com relação ao período da Convenção, é falso afirmar:
  • o governo decretou o aumento de impostos sobre os ricos;
  • o rei Luís XVI foi condenado e guilhotinado por traição e desvios de verbas para a Contra-Revolução;
  • a cidadania foi ampliada para todos os trabalhadores, inclusive com a abolição da escravidão nas colônias francesas;
  • o Terror teve início, atingido os próprios membros da Convenção;
  • a Declaração dos Direitos do Homem foi assinada, atendendo às pressões do povo.
  • ( UNESP)  “Como terror entende-se (…) um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergência a que um Governo recorre para manter-se no poder.”

( N.Bobbio, DICIONÁRIO DE POLÍTICA.)

O mencionado “instrumento de emergência”- o “Terror” – foi aplicado em sua forma típica, na Revolução Francesa:

  1. durante a reação aristocrática de 1787 1788;
  2. por Napoleão Bonaparte, na fase do Diretório;
  3. no período da ditadura do Comitê de Salvação Pública;
  4. pelos girondinos contra os bonapartistas;
  5. por Luís contra os camponeses da Vendéia
  • ( PUC) No  contexto histórico da Revolução Francesa, o episódio denominado O Golpe do 18 Brumário, aconteceu :
  • quando se inicia o regime do Diretório, período que se caracterizou pelos desmandos políticos;
  • no momento em que a Conjura dos Iguais propõe a tomada do poder à força e o fim da propriedade privada;
  • quando Napoleão, apoiado pelo Exército e pela alta burguesia, derrubada o Diretório e chega ao poder;
  • no momento em que os monarquistas tentam voltar ao poder através de golpe, que foi sufocado por Napoleão Bonaparte;
  • quando Robespierre, Saint Just e seus companheiros do Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina, pondo fim ao Terror.
  • ( UFES)  “A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o simbolismo da política ocidental, desde sua irrupção até o período que se seguiu à Primeira Grande Guerra Mundial.”

Do texto acima, de Eric Hobsbawm, pode-se inferir ter sido a Revolução Francesa um dos processos mais importantes do século XVIII. Entre os acontecimentos que a marcaram, destaca-se o golpe de 18 Brumário de 1799, pelo qual :

  1. a burguesia girondina reassumiu o poder,  retornando o controle da Revolução;
  2. Napoleão Bonaparte assumiu o poder, na condição de Primeiro Cônsul;
  3. se instalou a Ditatura Montanhesa, sob a liderança de Robespierre;
  4. se instalou o Regime do Terror, com a aprovação da Lei dos Suspeitos;
  5. foi proclamada a República, após a vitória salvadora de Valmy.
  1. ( UFV) Durante o período napoleônico ( 1799-1815), dentre as mediadas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:
  2. restauração financeira, com a conseqüente fundação do Banco das França, em 1800;
  3. decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses;
  4.  promulgação, em 1804, do Código Civil que incorporou definitivamente, na legislação francesa, os princípios liberais burgueses;
  5. expansão territorial da França com a incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado Império Napoleônico;
  6. criação do franco, como novo padrão monetário.

7. GABARITO

EXRCÍCIOS PROPOSTOS

1 B 2 A 3 A 4 C 5 A 6 A 7 B

QUESTÕES

1 B 2 D 3 A 4 C 5 B 6 E 7 C 8 C 9 B 10 B

8. Bibliografia

HOBSBAWAM, E. J.  A revolução Francesa. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996

– Aquino, Denize e Oscar – Ed. Ao Livro, História Geral Ao livro Técnico

 ARRUDA José Jobson – Ed. Ática,  Toda a História

KOSHIBA, Luiz – História – Ed. Atual

Sites

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=179 acessado em 8/01/2007

Reis e Rainhas Africanos na Sala de Aula

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 18 dez 2018

Reis africanos. Pesquisa preliminar[1]

Apresentação:

A história da África é fascinante e uma das figuras mais emblemáticas de suas sociedades é o papel desempenhado pelas realezas africanas. Nela, surgiram reinos importantes, grandiosos e poderosos que através de suas reis e de, muitas vezes, suas rainhas,  tiveram papeis definitivos nos rumos das principais sociedades em da época.

Em África,  o rei era responsável pelo bem-estar da sociedade. Sua responsabilidade ia muito além do ato de governar a vida social, mas também era um papel divino, ele estava sempre voltado para o bem da comunidade. Dele dependia o equilíbrio da natureza, as doenças e a saúde, a pobreza e a prosperidade, a guerra e a paz estavam em suas mãos

Seu papel não era apenas político-econômico, mas na vida ativa da sociedade, ele era participava ativamente de todas as etapas da vida, nascimento, rituais de passagem, casamento e morte, quando então o contato com os seus antepassados era fundamental.

 

Justificativa:

A lei 10.639/03, que altera as propostas curriculares da LDEBEN 9.394/96 obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. Cujo objetivo é de O objetivo é dar uma positivização no estudo da história e cultura afro-brasileira e africana: mostrando a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.

Logo, por sabermos que grande parte do nosso povo é oriundo do Continente Africano, o estudo, ainda que preliminar sobre os principais reis e rainhas africanas contribuiu para diminuição do preconceito racial na medida em que foge da armadilha de se retratar a África como um continente pobre, atrasado e sem cultura, pois coloca os africanos como sujeitos históricos importantíssimos no contexto global do mundo moderno.

 

Objetivos:

Apresentar os principais reis e rainhas africanos como sujeitos históricos tão importantes como qualquer rei ou rainha de sua época.

Resgatar a história de gênero como um poderosa ferramenta para combater o preconceito que as mulheres têm sofrido de forma global, ao retratar mulheres guerreiras, rainhas mães e sociedade s matriarcais em que o papel feminino jamais foi relegado a segundo plano

Mostrar como   eles desempenharam papeis preponderantes no cenário histórico desde de o mundo antigo até a Idade Moderna

(mais…)

A escravidão nos documentos paroquiais em Santo Antônio de Pádua, no Brasil Colônia

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 15 dez 2018

A escravidão nos documentos paroquiais em Santo Antônio de Pádua, no Brasil Colônia

(Projeto desenvolvido junto ao Desenvolvomento Acadêmico)

Apresentação

Este projeto se propõe a um estudo dos registros coevos à escravidão encontrados nos documentos paroquiais em Santo Antônio de Pádua

 

  1. Aprender acerca dos diversos tipos de registros paroquiais e a sua importância para o estudo da sociedade brasileira;
  2. Compreender como o negro é retratado em tais registros;
  3. Relacionar os principais documentos paroquiais ao período histórico estudado;
  4. identificar os principais registros sobre escravos nas documentações paroquiais

 

Entender como se fazia tais registros e o papel da igreja Católica como guardiã deste memória;

Ser capaz de produzir um texto final sobre tema

Apresentar a pesquisa na Semana de Desenvolvimento Acadêmico na UFF

 

 

Núcleo de Estudos e Pesquisas SANKOFA

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 15 dez 2018

Núcleo de Estudos e Pesquisas SANKOFA: Relações étnico raciais,
memória, cidadania e Direitos Humanos. (Certificado pelo CNPq)

Apresentação:

O grupo de pesquisa SANKOFA: Relações étnico raciais, memória, cidadania e Direitos Humanos deverá integrar profissionais de diferentes áreas e campos de atuação que desejarem compartilhar do nosso mesmo objetivo: estudar como vivem as comunidades afro-descentes a partir do viés histórico que tem como ponto de vista, o passado escravista, instaurado na América Portuguesa e Brasil Império.

Neste sentido, cabe ressaltar que, o que será valorizado será as experiências dos africanos e seus descendentes no Brasil nestes três últimos séculos e seus desdobramentos que culminam, nos dias de hoje, em uma sociedade extremamente desigual como a brasileira.

A memória é chave fundamental para o resgate deste passado que, passará ser estudado a partir de cada região, onde poderá ser feito estudo. Espera-se que o trabalho desenvolvido pelo SANKOFA possa ajudar a intervir no presente através de ações socioeducativas que visem promover os Direitos Humanos. Assim, poderemos de forma mais eficaz e visível contribuir não apenas para o resgate da memória dos povos escravizados como, de alguma forma ajudar a pensar e propor ações eficazes no combate à discriminação e o preconceito.

Com isto, espera-se que os estudos desenvolvidos áreas possam contribuir de forma eficaz para o resgate da cidadania e do respeito à dignidade humana, onde a Universidade se transforma através da pesquisa, um dos instrumentos capazes em minorar os males sociais através da promoção de estudos, pesquisas, debates e proposições de ação social, visando integrar-se definitivamente ao tecido social hodierno.

O Sankofa desenvolve pesquisas que possuem como eixo principal, os seguintes itens:

  • Levantamento de acervo bibliográfico da região ligada ao período escravista na região;
  • Identificação e mapeamento dos possíveis locais de memória encontrados em Santo Antônio de Pádua;
  • Coleta de dados referentes à produção cafeeira que ajudem a dimensionar o enriquecimento da região que, como se sabe, baseou-se fartamente no trabalho escravo;

Grupo de Pesquisa Certificado pelo CNPQ desde 2016

REUNIÂO EM 13/08/2021. às 20h

Tema a ser estudado: Saúde e Bem  viver

Inscrições clique no link abaixo

Inscrição no Grupo de Estudo Sankofa


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