Prof. Júlio César Medeiros

PROFESSOR DE HISTÓRIA

juliocesarpereira@id.uff.br

SOBRE

Júlio César Medeiros é Dr. em História da Ciência e da Saúde pela Fiocruz.  É professor de História Contemporânea com enfase em África, da Universidade Federal Fluminense, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos e Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisa SANKOFA-UFF.

 

O mistério da estrela de Belém

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 24 dez 2022

Desde criança sempre fiquei intrigado com o céu e as suas estrelas.  Ficava horas por noite a olhar o brilho dos seres celestes refletindo no escuro céu azul. Pontos brancos refletindo ao longe.  Saber que estão a milhares de anos luz daqui, mais tarde, me deixou ainda mais confuso. Talvez tão intrigado quanto os cientistas hoje ao terem que explicar, a cada dezembro, o que foi que os magos virão no céu, no nascimento de Jesus. A famosa estrela da Belém.

O problema é que, cientificamente falando, não há prova de nenhuma de que tenha havido alguma  estrela cadente nesta época.

Também podemos descartar supernovas, pois  para serem vistas a olho nu, teriam que estar muito próximos, e além disto, elas deixa um vestígio que podemos detectar – mas os astrônomos não encontraram nada que datasse dessa época. Também não há outros relatos sobre isso, o que é estranho, já que muitas pessoas ficariam impressionadas com algo tão grande e brilhante no céu.

maior estrela ou planeta. Outras hipóteses referem-se às estrelas mais proeminentes em nosso céu noturno, como Vênus, Júpiter e Marte, ou Sirius (a estrela mais brilhante, na constelação do Cão Maior).

Alguns pesquisadores calcularam onde os Três Reis Magos iriam parar se os seguissem e nenhuma apontou para Israel. Por exemplo, Sirius levaria ao Polo Sul. Na verdade, se seguissem qualquer estrela, viva ou morta, provavelmente permaneceriam onde estavam. As estrelas nascem e se põem em nossos céus todos os dias, elas não param.

A resposta a este mistério, talvez seja que, o “magos” não seguiam um estrela, mas um conjunto de fenômenos no céu. Os “magos” provavelmente eram em parte astrônomos/astrólogos (os dois campos estavam intimamente relacionados há mais de 2.000 anos) e estavam interpretando o céu. Não por acaso eles eram babilônicos, a Babilônia possuía um avançado conhecimento avançadíssimo sobre as orbitas celestes e produziam mapas, calendários e representações celestes avançadíssimas. O fato de terem solicitado informações sobre os recém-nascidos quando chegaram à área sugere que talvez eles não tenham sido guiados ao destino final por um único corpo celeste.

Eles podem ter encontrado significado em certos arranjos de planetas e estrelas do qual Júpiter faria parte, pois  além de ser muito brilhante, também estava associado à realeza.

 A possibilidade mais astronomicamente plausível é que a Estrela de Belém seja resultado de uma conjunção – quando dois ou mais corpos celestes, como a Lua e um planeta, aparecem muito próximos em nosso céu, ou mesmo “se tocam” (do nosso ponto de vista). Linha de visão, uma vez que estão a milhares de quilômetros de distância no espaço). Esse tipo de evento pode durar dias ou semanas com pouca mudança de local. Se os Três Reis Magos seguirem uma conjunção, eles podem de fato terem sido guiados em uma direção particular. A Bíblia diz que eles viram o sinal do céu enquanto estavam em seu próprio país (Babilônia); quando eles deixaram Jerusalém para Belém, eles a viram novamente. Depois que encontraram Jesus, a estrela desapareceu.

O alinhamento com maior probabilidade de ter acontecido é a chamada conjunção tripla (quando aparece no céu três vezes em um curto período de tempo) entre Júpiter e Saturno – os dois maiores planetas do sistema solar. Isso é resultado de seu alinhamento com o Sol e a Terra – que em um ponto os ultrapassou, criando um movimento retrógrado pronunciado. Foi um evento raro (ou seja, impressionou os curiosos) e sabemos que aconteceu em dezembro do ano  6 d.C., segundo a matéria publicada na Tilt, de hoje, de onde retiro estes dados.

Seja como for, algumas coisas podemos trazer de lições sobre o evento.

1° Há indícios científicos de que este fenômeno tenha ocorrido;

2° Este fato atesta a avançada ciência babilônica;

3° Havia uma expectativa mundial (Pelo menos no mundo conhecido) pelo nascimento do Messias;

4° O próprio Israel não o estava aguardando, apesar de todos os sinais.

E hoje, depois de crescido, ainda fico olhando para o céu em dezembro e intrigado, passo o meu tempo escrevendo sobre isto … Vá entender.

Fonte:  Mistério de Natal: o que era a Estrela de Belém? Ciência tenta explicar… 24/12/2002. Marcelo Duarte – Tiltastrofalls

Foto de capa: @astrofalls

A 3ª é o fenômeno visto aqui no Brasil, registrado por  @alexsandromota805,

Conceição do Coité – BA

Saúde da população negra. Vidas negras importam, a pandemia da Covid 19 do ponto de vista racial

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 07 jul 2020

Novo video em meu canal sobre o impacto da pandemia da Covid 19 sobre a saúde da população negra

O que explica a suposta resistência africana ao covid 19 (Prof. Barbalhão explica)

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 16 Maio 2020

Novo video em meu canal História+, confiram

O Prof. de História mais legal do mundo, o famoso Barablhão explica os motivos pelos quais talvez a África ainda não tenha sofrido mais baixas pelo Covid 19.

Projeto de extensão: “Saúde e Adoecimento das populações Quilombolas e Afro-descendentes (ênfase em Doença falciforme)”

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 17 set 2019

Cartilha on line, produzida pelos alunos visando esclarecer sobre a doença falciforme e a população afrodescendente

Cartilha produzida pelos alunos do projeto de extensão Saude e adoeciemento das populações quillobolas e afrodescendentes (enfasze em doença Falciforme)

Documentário “Doença Falciforme e um problema nosso” produzido pelo Curso de Educação do Campo da UFF

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 19 jan 2019

Nosso documentário sobre Doeça falciforme, ela  é uma das doenças de maior prevalência entre os afro-descendentes, mas ainda existe muita falta de conhecimento sobre ela. Saiba mais clicando no vídeo

Curso de Educação do Campo em Pádua: para além dos campi da UFF | Universidade Federal Fluminense

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 03 jan 2019

De projetos premiados à participação ativa na comunidade local, o curso Licenciatura Interdisciplinar de Educação de Campo, criado em 2015 no campus de Santo Antônio de Pádua (RJ), já conta com

Fonte: Curso de Educação do Campo em Pádua: para além dos campi da UFF | Universidade Federal Fluminense

Matéria completa em:

http://www.uff.br/?q=noticias/02-01-2019/curso-de-educacao-do-campo-em-padua-para-alem-dos-campi-da-uff

 

Curso de Educação do Campo em Santo Antônio de Pádua rompre as fronteiras e se expande em contato com a comunidade do entorno

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 03 jan 2019

De projetos premiados à participação ativa na comunidade local, o curso Licenciatura Interdisciplinar de Educação de Campo, criado em 2015 no campus de Santo Antônio de Pádua (RJ), já conta com algumas vitórias na sua trajetória. Com afinidade com os movimentos sociais, o curso forma professores atuantes em escolas de campo, engajados com as comunidades caiçaras, ribeirinhas, quilombolas, sem teto e indígenas, por exemplo. Além de pesquisas, esse projeto inovador, que vem acumulando alguns prêmios, alia intervenção pedagógica com o objetivo de influenciar nas relações sociais da região com ensinamentos que proporcionem a sustentabilidade do meio ambiente.

veja a matéria completa aqui no site da UFF

http://www.uff.br/?q=noticias/02-01-2019/curso-de-educacao-do-campo-em-padua-para-alem-dos-campi-da-uff

Saúde e adoecimento de Populações remanescentes e afrodescendentes no Rio de Janeiro

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 15 dez 2018

Saúde   e   adoecimento   de   Populações   remanescentes   e afrodescendentes no Rio de Janeiro

 (Desenvolvido junto ao Curso de Educação do Campo (UFF-INFEs)

Apresentação:

Sabe-se que os quilombos fazem parte de um passado de luta e resistência do nosso povo afrodescendente, no Brasil. Porém, o desfecho destes movimentos, assim como a escravidão não foi em nada favorável para os remanescentes destes povos escravizados. Ainda hoje, tais populações são expostas cotidianamente à exclusão, desigualdades e racismo institucionalizado. Contudo, embora tais comunidades de remanescentes quilombolas, ainda lutem por políticas inclusivas para suas populações, o acesso à saúde ainda é uma questão difícil de se tornar uma prática efetiva.

A pesquisa ora apresentada visa levantar dados relativos aos principais fatores de saúde e adoecimento das comunidades remanescentes de afrodescendentes no Rio de Janeiro, em seu perímetro urbano, a partir de um visão histórico-cultural capaz de demonstrar a situação de fragilidade social em que se encontram os remanescentes quilombolas, bem como suas estratégias de sobrevivência relacionada as suas práticas e saberes passados de geração a geração.

 

Objetivo Geral:

Verificar os principais fatores de adoecimento das populações remanescentes e afrodescendentes.

 

Objetivos secundários

  1. Levantar dados relativos aos principais fatores de saúde e adoecimento das comunidades afro-remanescentes no Rio de Janeiro, em seu ambiente natural;
  2. Analisar os dados obtidos no sentido de se verificar a vulnerabilidade social destas populações;
  3. Apontar as saídas ou possíveis sugestões para o enfrentamento de tais questões;

 

 

Metodologia:

Em um primeiro momento, os alunos estudarão de forma geral os principais conceitos aplicados as populações de remanescentes no Brasil, no tocante à história, dificuldades, luta e estratégias de sobrevivência; em um segundo momento, os alunos farão um trabalho dirigido, na comunidade e acompanhado do professor orientador a fim de colherem os dados relativos aos fatores de adoecimento; por fim, já na Unidade, deverão analisar e apresentar os dados obtidos.

 

Hipóteses:

  1. O regime em escravidão privou os que viviam em cativeiro de condições de saúde favoráveis, o que nos faz supor que seus descendentes, mesmo depois de mais 100 anos, ainda vivam em condições precárias relacionadas ao tratamento de suas doenças e a manutenção da vida;
  2. É provável que ainda se encontre resquícios de suas práticas culturais relacionadas à saúde, uma vez que o acesso as políticas públicas, no Brasil, ainda é um fator de conflito para as classes menos favorecidas socialmente.

 

 

 

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