Prof. Júlio César Medeiros

PROFESSOR DE HISTÓRIA

juliocesarpereira@id.uff.br

SOBRE

Júlio César Medeiros é Dr. em História da Ciência e da Saúde pela Fiocruz.  É professor de História Contemporânea com enfase em África, da Universidade Federal Fluminense, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos e Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisa SANKOFA-UFF.

 

O mistério da estrela de Belém

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 24 dez 2022

Desde criança sempre fiquei intrigado com o céu e as suas estrelas.  Ficava horas por noite a olhar o brilho dos seres celestes refletindo no escuro céu azul. Pontos brancos refletindo ao longe.  Saber que estão a milhares de anos luz daqui, mais tarde, me deixou ainda mais confuso. Talvez tão intrigado quanto os cientistas hoje ao terem que explicar, a cada dezembro, o que foi que os magos virão no céu, no nascimento de Jesus. A famosa estrela da Belém.

O problema é que, cientificamente falando, não há prova de nenhuma de que tenha havido alguma  estrela cadente nesta época.

Também podemos descartar supernovas, pois  para serem vistas a olho nu, teriam que estar muito próximos, e além disto, elas deixa um vestígio que podemos detectar – mas os astrônomos não encontraram nada que datasse dessa época. Também não há outros relatos sobre isso, o que é estranho, já que muitas pessoas ficariam impressionadas com algo tão grande e brilhante no céu.

maior estrela ou planeta. Outras hipóteses referem-se às estrelas mais proeminentes em nosso céu noturno, como Vênus, Júpiter e Marte, ou Sirius (a estrela mais brilhante, na constelação do Cão Maior).

Alguns pesquisadores calcularam onde os Três Reis Magos iriam parar se os seguissem e nenhuma apontou para Israel. Por exemplo, Sirius levaria ao Polo Sul. Na verdade, se seguissem qualquer estrela, viva ou morta, provavelmente permaneceriam onde estavam. As estrelas nascem e se põem em nossos céus todos os dias, elas não param.

A resposta a este mistério, talvez seja que, o “magos” não seguiam um estrela, mas um conjunto de fenômenos no céu. Os “magos” provavelmente eram em parte astrônomos/astrólogos (os dois campos estavam intimamente relacionados há mais de 2.000 anos) e estavam interpretando o céu. Não por acaso eles eram babilônicos, a Babilônia possuía um avançado conhecimento avançadíssimo sobre as orbitas celestes e produziam mapas, calendários e representações celestes avançadíssimas. O fato de terem solicitado informações sobre os recém-nascidos quando chegaram à área sugere que talvez eles não tenham sido guiados ao destino final por um único corpo celeste.

Eles podem ter encontrado significado em certos arranjos de planetas e estrelas do qual Júpiter faria parte, pois  além de ser muito brilhante, também estava associado à realeza.

 A possibilidade mais astronomicamente plausível é que a Estrela de Belém seja resultado de uma conjunção – quando dois ou mais corpos celestes, como a Lua e um planeta, aparecem muito próximos em nosso céu, ou mesmo “se tocam” (do nosso ponto de vista). Linha de visão, uma vez que estão a milhares de quilômetros de distância no espaço). Esse tipo de evento pode durar dias ou semanas com pouca mudança de local. Se os Três Reis Magos seguirem uma conjunção, eles podem de fato terem sido guiados em uma direção particular. A Bíblia diz que eles viram o sinal do céu enquanto estavam em seu próprio país (Babilônia); quando eles deixaram Jerusalém para Belém, eles a viram novamente. Depois que encontraram Jesus, a estrela desapareceu.

O alinhamento com maior probabilidade de ter acontecido é a chamada conjunção tripla (quando aparece no céu três vezes em um curto período de tempo) entre Júpiter e Saturno – os dois maiores planetas do sistema solar. Isso é resultado de seu alinhamento com o Sol e a Terra – que em um ponto os ultrapassou, criando um movimento retrógrado pronunciado. Foi um evento raro (ou seja, impressionou os curiosos) e sabemos que aconteceu em dezembro do ano  6 d.C., segundo a matéria publicada na Tilt, de hoje, de onde retiro estes dados.

Seja como for, algumas coisas podemos trazer de lições sobre o evento.

1° Há indícios científicos de que este fenômeno tenha ocorrido;

2° Este fato atesta a avançada ciência babilônica;

3° Havia uma expectativa mundial (Pelo menos no mundo conhecido) pelo nascimento do Messias;

4° O próprio Israel não o estava aguardando, apesar de todos os sinais.

E hoje, depois de crescido, ainda fico olhando para o céu em dezembro e intrigado, passo o meu tempo escrevendo sobre isto … Vá entender.

Fonte:  Mistério de Natal: o que era a Estrela de Belém? Ciência tenta explicar… 24/12/2002. Marcelo Duarte – Tiltastrofalls

Foto de capa: @astrofalls

A 3ª é o fenômeno visto aqui no Brasil, registrado por  @alexsandromota805,

Conceição do Coité – BA

Carolina de Jesus – Quarto de despejo

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 02 dez 2021
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Qual foi a importância de Carolina Maria de Jesus?Em 1960, Carolina Maria de Jesus foi a grande revelação da literatura brasileira. Nascida no sudoeste de Minas Gerais, ela morava na favela do Canindé (em São Paulo), quando foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas e publicou seu primeiro livro: “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada”

Uma das porta-vozes da mulher negra e pobre de um Brasil não tão distante, a autora traz seu ponto de vista sobre a fome, a pobreza, a solidão, a maternidade, o amor e diversos outros temas em seus diários, especialmente Quarto de Despejo, que se tornou um best seller traduzido em 16 idiomas e vendido em mais de 40 

“Tem muitas pessoas aqui na favela que diz que eu quero ser muita coisa porque não bebo pinga […] Eu não bebo porque não gosto, e acabou-se. Eu prefiro empregar o meu dinheiro em livros do que no álcool”

(JESUS, 2000, p. 65).

O desenvolvimento do Estudo da Arte Africana e os seus impactos sobre a arte europeia

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 21 out 2021
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“Se a humanidade teve origem em África, é possível que também ali tenha surgido a arte.”

Frank Willet, Arte Africana, 2017.

Frank Willett (1925 – 2006), estudioso da considerado pela crítica especializada mundial autor da melhor introdução geral à arte africana.  Desde que lançou a sua obra: Arte Africana, em 1971, seu trabalho tem contribuído de forma singular para com estudo da arte deste continente antes tão mal compreendido.   Nela, Willett utiliza uma linguagem acessível, desconstruindo velhos estereótipos e estimulando-nos na busca pelo aprofundamento do conhecimento de África através da produção artística.

Neste breve artigo, farei um breve resumo da obra, para aqueles que quiserem conhecer mais o trabalho deixando minhas impressões e comentários, que poderão ser uteis aqueles de alguma forma, como algum tipo de apontamento. Fica claro que, nossa contribuição é ainda muito modesta perto do tamanho da obra e não se propõe a esgotar o tema, muito menos se coloca como uma análise exaustiva de um livro tão profundo quanto denso, um feito que demandaria uma pesquisa mais aprofundada e devidamente apresentada em círculos acadêmicos voltados para esta discussão.

Pelo contrário, este texto se coloca apenas como breve introdução, deixada aos meus alunos e colegas que, como eu, amam o continente africano e tudo o que ele produz. Espero que seja de algum proveito. Sendo assim, vamos as minhas observações.

Artefato africano, sem identificação do autor, em exposição no Museu Afro Brasil, em São Paulo

Neste texto, iremos analisar apenas o capítulo 2, por entender que seria aquele que melhor sintetizaria a forma como educadores e professores de História da África poderiam aproveitar suas contribuições acrescentando as suas aulas, uma visão inovadora e crucial para quebrar os preconceitos ainda existente em sala de aula em torno da arte produzida pelos africanos e as suas contribuições para o mundo.

Para produzir estas impressões, não apenas estudei o trabalho de Willet, quanto busquei me aprofundar no assunto, pesquisando e buscando informações com especialistas como o professor …. cuja agradável conversa, nos rendeu um podcast, que também está disponível nas plataformas digitais bem como neste meu site.

 O trabalho de Willett não apenas esclarece os contextos ecológicos e sociais da criação estética africana como também faz leituras altamente precisas de sua linguagem, suas estruturas seus estilos. De uma parte, mostra-nos, por exemplo, a relação entre floresta, tipos de madeira, sociedade sedentária e produção escultórica.

Capa da obra

No capítulo 2, intitulado “O desenvolvimento do estudo da arte africana”, aqui analisado, Willett apresenta uma crítica aos diversos estudos que abordavam a arte africana de acordo com a perspectiva eurocêntrica que reproduzia, ainda, uma noção de arte “primitiva”, se contrapondo a diversas descobertas no campo da arqueologia. Nesta seção, o autor demonstra, brilhantemente, que a sofisticação presente na arte africana não se trata-se de um esmero acidental, nem se encontra desconectada das ideias e práticas das populações africanas contemporâneas como sugeriram diversos pesquisadores europeus.

Na página 40, por exemplo,  o autor discute o termo primitivo, o qual segundo ele,  o termo “arte primitiva” tal como ficou conhecido é um legado dos antropólogos do século 19 que viam a Europa da época como ápice da evolução social, por isto, o mais correto seria dizer correto seria dizer arte africana tradicional ou arte tradicional africana segundo ele o termo primitivo refere-se a uma definição etnocêntrica que, não cabe em nossos dias tendo em vista que já carrega em si, uma hierarquia que coloca a produção africana em escala de inferiorização e preconceito.

Segundo ele, a forma mais antiga de arte que conhecemos é a rupestre não plástica ou seja pinturas entalhadas em superfícies de pedras lisas, as quais ainda, no início do século 20, tenham parecido menos  importantes que a escultura, embora os avanços mais estimulantes na arte africana contemporânea ainda encontram-se na pintura e nas artes gráficas, e não na escultura.

A partir da página 40 ele começa a traçar o desenvolvimento da história da Arte Africana. Ele ressalta que a primeira descoberta das pinturas rupestres da idade da pedra, na Europa, foi feita em Altamira no ano de 1878, mas não foi senão na primeira década do século 20 que sua antiguidade foi amplamente reconhecida. Um dos primeiros autores foi Gottfried Semper, que escreveu o livro o Estilo nas artes técnicas e tectônicas, ou estética prática que surgiu no início dos anos 1860.  Arquiteto, Semper estava interessado principalmente nas formas arquitetônicas sua premissa era de que uma vez que a primeira necessidade do ser humano era proteção para si e para a sua fogueira ele passou a trançar gramíneas para protegê-las do vento.  

Semper passou a desenvolver a ideia de que o homem teria desenvolvido a técnica do entrelaçamento produzido um padrão que o levou ao desenvolvimento das técnicas e dá de tecelagem. Essa linha de raciocínio que se baseava na ideia da busca deliberada de padrões foi convertida pelos discípulos de Semper em um sistema determinista e materialista usado para explicar todas as formas artísticas não ocidentais.

Willett acredita, e eu concordo, que este pensamento seja frágil demais, pois, segundo o que ele mesmo diz, Semper e seus seguidores não possuíam dados que sustentassem a esta hipótese. Seguindo neste desenvolvimento da Arte Africana construída por Willet, ele nos apresenta em seguida Max Schmidt, etnólogo que publicou seus estudos indígenas no Brasil central em 1905 nos quais demonstrou como os motivos desenvolvidos nas técnicas de entrelaçamento foram aplicados na decoração das cerâmicas. No entanto, segundo Willett, Schmidt, claramente, montou os dados para adaptá-los à hipótese de Semper, ao invés de construir hipóteses que se adequassem aos dados.  Smith ignorou por exemplo os motivos espirais e as linhas ondulantes que, embora geométricos, dificilmente teriam sido produzidos através do entrelaçamento em linha reta.  Esse teria sido que podemos chamar de uma fase marxista da história da arte africana.

Segundo Willett, esses primeiros estudos estavam preocupados exclusivamente nos ofícios. Willhen Worringer, historiador e teórico da arte alemã, publicou um estudo teórico filosófico em 1908 em que rejeitou essa base tecnológica de origem da arte.  Para Worringer toda a arte era basicamente uma expressão da volição, embora, muitas vezes, esta pudesse modificada pelo seu propósito. Ele era um evolucionista e estava convicto de que as primeiras formas artísticas de formas geométricas que conduziram de modo lógico inevitável ao naturalismo, portanto ele rejeitava que as pinturas figurativas rupestres do sul da França fossem obras de arte, e  repudiava “os feitos artísticos” dos africanos nativos “e da maioria dos povos primitivos”, excetuando-se apenas aqueles que exerciam dons ornamentais

O estudo do ornamento tomou uma nova direção com os trabalhos do antropólogo Franz Boas que publicou a obra “um estudo sobre a arte decorativa dos índios da Costa Norte do pacífico da América do Norte”, publicado em 1897 e mais tarde incluído em seu livro “arte primitiva” de 1927. Nunca é de mais lembrar, embora o autor não cite, Franz Boas vai alterar não apenas o curso da História da Arte Africana, como vida de um outro jovem sociólogo em visita aos Estados Unidos, Gilberto Freyre.

Nessa obra,  Boas demoliu a teoria da degeneração; sua obra se referia mais ao ornamento do que às culturas.  Boas acreditava que a arte não poderia existir antes que o artista desenvolvesse perícia suficiente para dominar o seu material e assinalava também que, embora a forma, assimetria e o ritmo, no conjunto, tenham um efeito estético em si mesmo, a forma também poderia transmitir sentidos, o quê acrescentaria um valor emocional acentuando-se o efeito.

Sensacional, e inovador para época, pois o africano poderia ser visto agora como uma pessoa, pois apenas pessoas são capazes de transmitir a emoção, possuem alma, algo impensado dentro da lógica determinista e evolucionista vigente no século anterior.

Boas dividia a arte em duas categorias: arte representativa, hoje conhecida como representacional; e simbolismo, anteriormente conhecida como geométrica. Para ele, na arte representativa: forma e conteúdo são igualmente importantes, enquanto na arte simbólica o conteúdo é muito mais importante que a forma.

Tais estudos levaram à conclusão importantíssima, a de que a mesma forma pode transmitir distintos significados em diferentes sociedades,

ou seja, forma e conteúdo não podem ser considerados separadamente em estudos de desenvolvimento ao longo do tempo.

Mas um outro clássico, de maior alcance do que os já citados, por situar os problemas da arte e da decoração no contexto mais amplo da cultura material, foi o trabalho do antropólogo R. U. Sayce. Em seu livro Artes e ofícios primitivos ele, de maneira ampla e critica, baseado em estudos anteriores, fez menções cautelosas sobretudo à convergência de desenhos para os clientes de fontes totalmente distintas.

Como característica geral desse primeiro momento, além de podemos citar o forte apelo marxista é o de concordarmos com o fato de que as técnicas de tecelagem, seja em esteiras ou cestos, tendem a produzir motivos de caráter geométricos, o que podemos chamar de “tecnomorfos”, ou seja, a forma que derivada da técnica. Portanto é provável que qualquer sociedade tenha desenvolvido seus próprios “tecnomorfos”, ou seja, as diversas manifestações de tecnologia em uma dada sociedade.

“como existe uma forte possibilidade que tais motivos tenham uma origem independente dentro da sociedade, são inadequados como indicadores da influência de uma sociedade sobre a outra”

(Frank; 2017, P. 43).

O estudo da escultura como algo distinto do ornamento começou nos últimos anos do século 19 quando a maior parte da literatura seguia uma das duas abordagens, a etnológica, similar a de Franz boas ao considerar que o conhecimento do conteúdo de uma obra de arte é fundamental para sua compreensão e até para sua apreciação, e a noção estética, que acreditava que tal conhecimento era desnecessário para sua apreciação. Segundo Frank as duas escolas têm se aproximado gradualmente, antropólogos vem prestando atenção à história da arte, e os críticos de arte tem prestado mais atenção ao contexto cultural da arte africana “afinal, dificilmente seria possível separar a forma do conteúdo em sociedades nas quais o artista é um membro integrante da comunidade, não um indivíduo empenhado em expressar uma visão puramente pessoal.” (Página 45, 46)

Segundo Frank os antropólogos a princípio, tratavam as culturas apenas com um elemento religioso, mas com o tempo passaram anotar a divergência das proporções naturais reveladas nas peças. Um destes primeiros antropólogos foi Léo Frobenius que em 1896 escreveu sobre a arte dos povos não europeus sugerindo que estes possuíam o impulso de copiar formas naturais e que tais cópias transmitiam ideias e significado, ou seja, que seu conteúdo conferia significado a forma. Essas reações são culturalmente determinadas, por isso a forma tem aquele significado apenas para a sociedade a qual pertence.

“Mas foi somente entre 1904 e 1905 que a arte africana começou a produzir o impacto significativo” (Página 47.) Foi quando Derain comprou uma peça africana e  mostrou-a a Picasso e Matisse que também ficaram bastante impressionados com ela. A revolução da Arte do século XX estava em curso ali,

 O autor, então, passa a descrever o impacto da arte africana sobre os trabalhos de artistas europeus como: André Derain, Henri Matisse, Georges Braque, Pablo Picasso e Juan Gris. Ao final, ele alerta para o fato de que mesmo quando artistas e pesquisadores europeus e norte-americanos abordaram a arte africana com benevolência, ainda assim estavam imbuídos de pensamentos etnocêntricos que não levam em consideração os propósitos das comunidades e dos indivíduos africanos que produziram as obras. 

Por tanto, o trabalho de Willett, sobretudo neste capitulo aponta para para o fato de que, mesmo quando artistas e pesquisadores europeus e norte-americanos, tratam  a arte africana com afeição, isto não quer dizer que estejam livres de prejulgamentos etnocêntricos que, por sua vez, desconsideram os propósitos das comunidades e dos indivíduos africanos que produziram as obras, ou seja, o meio social em que a obra foi produzida.

A obra de Frank Willet nos ajuda a pensar como o preconceito estava presente no inicio da História da Arte, em relação à produção do continente africano, e como tal pensamento permaneceu mesmo durante o século 20, em confronto com estudos etnológicos que procuraram vencer tais amarras e libertar as amarras que prendiam o espirito criativo africano ao conceito de primitivo e usual.

Referência bibliográfica:

Fiorotti, Silas. A sofisticação da arte africana não é mero acidente. Revista A Pátria, 13/03/2021.  Disponível em: https://apatria.org/cultura/a-sofisticacao-da-arte-africana-nao-e-mero-acidente/

Willett, F. African Art. 3.ed. London: Thames & Hudson, 2003. [Edição brasileira: Edições Sesc / Imprensa Oficial, 2017.]

Bibliografia

Einstein, C. Negerplastik [Escultura negra]. Florianópolis: Edufsc, 2011 [1915];
Munanga, K. A dimensão estética na arte negro-africana tradicional. In: Página do MAC-USP, São Paulo, 07/6/2006.;

O’Neill, E.; Conduru, R. (orgs.). Carl Einstein e a arte da África. Rio de Janeiro: Eduerj, 2015.
Price, S. Arte primitiva em centros civilizados. Rio de Janeiro: Edufrj, 2000.

As bases do Imperialismo Global

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 09 jul 2021
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A Revolução Francesa

Postado por MEDEIROS DA SILVA PEREIRA em 25 mar 2021
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Esta revolução foi resultado do descontentamento da população com os privilégios da nobreza, do clero e da alta burguesia

Características:

  • O absolutismo concentrava em suas mãos todo o poder político
  • O Mercantilismo visava o fortalecimento do Estado através da riqueza do poder.
  • A França do século XVIII era um país agrário, com poucas indústrias.
  • Havia perdido muito dinheiro com a guerra dos 7 anos (independência dos EUA).

A sociedade era dividida em :

1– Clero: isento de impostos – direito de explorar o ensino.

2– Nobreza: isenta de impostos – direitos feudais – cargos públicos.

3– O restante da população (sans-culottes), desde os camponeses aos ricos comerciante, que eram apoiados pelos iluministas que defendiam e propagavam a liberdade de pensamento, ideais e liberdade democrática.

Os 3 estados representados: Nobre e clérigo passam ao lado de um camponês que caído ao chão pegam em armas

Nessa forma de organização da sociedade os dois primeiros estados não só pertenciam ao grupo dominante como usufruíam de vários privilégios, que eram mantidos com os impostos recolhidos junto do terceiro estado. Conjuntamente com a elevação da carga tributária, outros fatores contribuíram para a crescente insatisfação vista na sociedade francesa com relação as grandes disparidades encontradas no país. Um dos primeiros fatores que podem ser apontados para o cenário de crise na França foi a crise agrícola enfrentada no ano de 1788, não só em razão de problemas climáticos, mas devido também ao grande crescimento populacional ao longo do século XVIII. A indústria e comércio também foram afetados por tratados assinados com Inglaterra, Estados Unidos, Suécia, entre outros países. Estes tratados foram vistos pelos franceses lidados ao setor comercial e industrial como desvantajosos e responsáveis pelo enfraquecimento desses campos da economia francesa. Somado a todos esses problemas econômicos e sociais enfrentados pela França, houve os gastos com a participação francesa na guerra de independência das Treze Colônias, que colocou a economia do país em uma situação alarmante.

A necessidade de recursos fez com que os ministros do rei buscassem alternativas. A proposta de cobrança de impostos para todos os estados foi prontamente rejeitada. O conflito entre os poderes obriga o rei Luis XVI a convocar os Estados Gerais.

A Revolução       Francesa em Marcha


Com a convocação dos Estados Gerais em 1789 surge uma outra questão. Sobre a forma de votação dos assuntos propostos. O Clero e a nobreza desejam o voto por estado, sugestão que enfrentou forte oposição. O terceiro estado queria o voto por pessoa. Diante do impasse o terceiro estado se retirou da reunião dos estados gerais e se declarou em Assembléia Nacional Constituinte. O impacto dessa atitude nas manifestações que ocorriam nas ruas fez com que o rei ordene a participação dos outros dois estados.

Assembleia Constituinte

A Revolução Francesa teve o seu marco inicial com a Queda da Bastilha, que foi a tomada dessa prisão por parte do povo que se mobilizava nas ruas. Essa mobilização foi alem dos limites de Paris, chegando ao campo. As pessoas estavam propagando o lema da revolução: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O movimento provocou a tentativa de fuga do rei Luis XVI em 1791, tentativa que foi frustrada, sendo levado de volta a Paris. 

Principais características do período:

– Fim da servidão e dos  privilégios feudais

– Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão.

– Confiscou os bens do clero e dos nobres que fugiram para o exterior.

Documento importante cunhado durante a Revolução Francesa que reconhecia os direitos dos homens

Foram tomadas varias medidas, como as que foram mencionadas acima, pela Assembleia constituinte.  Objetivo era acabar com os privilégios do clero e da nobreza. Não era a intenção do movimento atacar a figura do rei. Mas sim limitar o poder de sua atuação com a criação dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Com a constituição de 1791, estabeleceram-se as ideias liberais no regime político francês.

Este gráfico demonstra o empobrecimento dos camponeses

A situação se agravava com o conflito entre Franca e dois países absolutistas. Áustria e Prússia organizaram os seus exércitos para combater o processo revolucionário francês. Eles invadiram Paris que foi defendida pelos seus habitantes, fato que ficou conhecido como Comuna de Paris. Os invasores são derrotados. O rei é acusado de traição e preso e a Assembleia convoca a Convenção Nacional.

Quem eram os grupos participantes?

Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas.          Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Enquanto os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre, os republicanos eram radicais e defendiam profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

            Apesar de unidos contra o rei, o 3° estado divide-se para melhor representar a sociedade. Características dos dois governos:

Governo Girondino (alta burguesia) Governo jacobino (pequena burguesia)
Povo insatisfeito; Visavam o lucro e propriedade; Guerra contra reis absolutistas; Guerra interna (nobres contra a revolução); Declaração dos direitos do homem e do cidadão; Acabou com a servidão; Mão-de-obra assalariada; mercado consumidor; proibição das greves; países vizinhos tentam invadir a França; rei foi preso acusado de traição; os jacobinos vacilam. Jacobinos se fortalecem e declaram a Pátria em perigo; Criação de um exército popular; Robespierre – executa radicais e moderados (35.000 mortos); cria Comitê de Salvação Pública – controlar a Comuna de Paris e evitar excessos; Tribunal Revolucionário – julga todos os inimigos da Revolução; Julgamento do rei; Leis populares (tabelamento do pão e aluguel) Lei do máximo Disputas internas devido a violência, permite a volta dos Girondinos ao poder.

A             Fase       do          Terror 

A execução do rei Luis XVI


Em 1792, inicia-se a fase que ficou conhecida como Terror. Os radicais liderados por Robespierre assumem o poder e a organização das guardas nacionais. Os lideres desta fase aboliram a escravidão nas colônias, dividiram e colocaram a venda as grandes propriedades, instituíram a escola primária pública, obrigatória e gratuita, estabeleceram o voto universal, entre outras medidas.

Com a criação do Comitê de Salvação Publica, obtiveram uma forma de identificar e julgar os inimigos da revolução. A guilhotina foi a forma de execução desses traidores, entre eles o rei Luis XVI. A radicalização das lideranças dessa fase fez com que perdessem a sua base de apoio. Em 1794 chegou ao fim o Terror com a prisão e execução de Robespierre e Saint-Just.

A execução de Robespierre

Os Girondinos no Poder      

               
Em 1794, os girondinos assumem o poder. Com o “Golpe do Nove Terminador”, em Julho do mesmo ano a burguesia assume o controle do poder. A partir deste momento, a participação popular no processo se encerrou, formularam uma nova constituição que garantisse os interesses burgueses e desfazendo as políticas dos jacobinos.

A nova instituição cria o Diretório que se tornou responsável pelo novo governo. Com postura autoritária e tendo no exercito um importante aliado, esta nova fase da revolução volta com o voto censitário, excluindo a maior parte da população francesa do processo de decisão.

O Diretório enfrenta diversos problemas. Nesse momento, se destacou nas várias campanhas militares que a França encontrava-se envolvida, Napoleão Bonaparte. Este foi convocado a Paris e com o Golpe do 18 Brumário foi instituído o Consulado, que era composto por Napoleão, Sieyés e Roger Duco. Assim, começa o período de Napoleão no comando da França.

Os impactos da Revolução Francesa


A Revolução Francesa foi um importante marco na História da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a Independência dos Estados Unidos, dos países da América Espanhola e a Conjuração Baiana no Brasil.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

  1. Explique a situação dos camponeses franceses antes da Revolução Francesa. (2linhas)
  2. O que foi a Assembléia dos Estados Gerais e qual a sua importância para a seqüência da Revolução? (3linhas)
  3. O que foi a Noite do Grande Medo?(2linhas)
  4. Estabeleça as diferenças entre os jacobinos e os girondinos. (3linhas)
  5. Cite algumas das transformações realizadas pelos jacobinos no ano de 1793. (2linhas)
  6. Por que a alta burguesia francesa (girondinos) apoiaram o Golpe do 18 Brumário, que levou Napoleão Bonaparte ao poder?(3linhas)
  7. Qual foi a influência da Revolução Francesa no Brasil? (3linhas)

EXERCICIOS RESOLVIDOS

1 – (PUC – MG) No Antigo Regime, a aristocracia francesa tinha como privilégios, EXCETO:  

a) o monopólio das funções políticas mais importantes.

b) a isenção do pagamento de taxas e impostos.

c) o controle das atividades manufatureiras e comerciais. 

d) a sujeição a leis e tribunais especiais e exclusivos.

e) a desobrigação frente a todo trabalho produtivo.

Resolução: a resposta C é a correta, uma vez que as atividades comerciais, não era visto como uma atividade enobrecedora, como uma atividade de valor, e alem do que essas atividades eram controladas pela burguesia.

2 – (PUC – RJ) No que se refere às singularidades da sociedade francesa do chamado Antigo Regime, são corretas as afirmações abaixo, com EXCEÇÃO de:  

a) Os membros da Igreja Católica, em especial, o alto clero, desfrutavam de cargos e posições sociais que os aproximavam, em importância, da nobreza de Corte.

b) As hierarquias sociais eram atenuadas pelas possibilidades de mobilidade vertical e horizontal, fundamentadas por valores de exaltação do mérito pessoal e do desempenho intelectual ou econômico. 

c) o exercício da representatividade política baseava-se na organização estamental e viabilizava, na prática, a força decisória do primeiro e segundo estados dentro dos Estados Gerais.

d) A condição de nascimento era um dos critérios centrais para a determinação de identidades e influências, interferindo diretamente na manutenção dos privilégios danobreza, bem como nas divisões internas a este grupo.

e) Na classificação jurídico-política, os grupos burgueses, com destaque para os comerciantes e financistas, compunham, a despeito de suas riquezas e propriedades juntamente com os camponeses e sans-cullotes, o chamado Terceiro Estado.

Resolução: Pelo fato da posibilidade de mobilidade social no Antigo regime ser muito pequena, uma vez que havia toda uma teoria e discurso que justificava e legitimava cada estado a alternativa a ser assinalada é a letra B.

3 – (FAE – SP ) Sobre a grande Revolução de 1789, na França, podemos concluir que:  

a) foi uma revolução do 3° Estado Francês.

b) foi uma revolução essencialmente burguesa.  

c) foi uma revolução do 1° Estado na França.

d) foi uma revolução do 2° Estado na França.

Resolução: A resposta desta questão é a letra B, já que os grandes vencedores desse processo foi a burguesia e outros membros do terceiro estado como os camponeses, por exemplo, foram excluídos do processo revolucionário.

EXERCÍCIOS DE CONCURSOS

1 – (CES) Durante a Revolução Francesa, Luis XVI perdeu seus poderes absolutos; o feudalismo foi abolido e os bens eclesiásticos nacionalizados. Isso aconteceu:  

a)      No ano da Queda da Bastilha; 

b)      Durante o período do Terror;

c)      Quando Napoleão tomou o poder;

d)      Na fase da Convenção;

e)      No período do Diretório.

2 – (UNIBH) Sobre a Revolução Francesa é correto afirmar, EXCETO:  

a)       Ela é um marco na História do Mundo Contemporâneo, e suas idéias não se difundiram apenas na Europa, mas vão estar presentes no processo de emancipação política da América Espanhola em fins do século XVIII e princípios do século XIX.

b)       Ela é considerada uma revolução burguesa clássica, provocada por uma gama de fatores e de contingências, num contexto em que cresciam a oposição ideológica ao regime absolutista e a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade.

c)       A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada no dia 26 de agosto de 1789, foi um documento importante no qual os norte-americanos se basearam para fazer a Declaração da sua Independência e, mais tarde, a sua Constituição. 

d)       Muitas das conquistas sociais e políticas da Revolução Francesa foram difundidas em outros países durante a “Era Napoleônica” (1799–1815); entre elas, a igualdade dos indivíduos perante a lei e o direito de propriedade privada.

3 – (UNIBH)  – “A primeira preocupação desses republicanos precavidos, ao fazerem o inventário da herança deixada pela Revolução, era de excluir a fase montanhesa e especialmente a robespierrista”. (GÉRARD, Alice. A Revolução Francesa.)  

As fases que se tentava excluir da herança revolucionária foram assinaladas, EXCETO, pela  

a)       elevação de Napoleão Bonaparte ao poder, na forma de Primeiro Cônsul.

b)       elaboração da Constituição do ano I (1793), que estabeleceu o sufrágio universal.

c)       criação do Tribunal Revolucionário e instalação do período do Terror.

d)       efetivação da reforma agrária, tomando as terras da nobreza e do clero.

4 – (FGV) O processo de afirmação da chamada Civilização Ocidental, do século XV ao XIX, está intimamente relacionada ao desenvolvimento do capitalismo e ao fortalecimento da classe burguesa. Sobre ele, é incorreto afirmar que:  

a)a defesa dos direitos fundamentais do homem e da propriedade privada constituiu um dos princípios básicos do ideário burguês;
b)a Revolução Gloriosa da Inglaterra, em 1688, significou o primeiro momento histórico em que a burguesia passa a participar efetivamente do poder do Estado, através do Parlamento;
c)o ideário liberal ultrapassou o continente europeu e serviu de bandeira para o movimento de independência dos EUA;
d)a Revolução Francesa de 1789-1794 representou a ascensão burguesa ao poder, mas sob o predomínio de forças conservadoras responsáveis pela manutenção da Monarquia absoluta.
e)após 1815 verificou-se um recuo na expansão do liberalismo com o Congresso de Viena. No entanto, novas ondas liberalizantes invadiram a Europa após 1830 e 1848.

5 – (FGV) Uma das fases mais dramáticas da Revolução Francesa ficou conhecida como “O Terror”, período em que o poder estava nas mãos dos jacobinos que dominavam a Convenção. Assinale o fato abaixo que ocorreu nesta fase:  

a.) convocação dos Estados Gerais por Luís XVI;
b.) aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
c.) queda da Bastilha;
d.) abolição dos direitos feudais sobre os camponeses;
e.) os preços dos alimentos foram tabelados;

6 – (FUVEST) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que

a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.

b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.

c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes.

d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou em mais de um século, o progresso econômico da França.

e) abortou, pois a nobreza sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

7 – (FUVEST) Há controvérsias entre historiadores sobre o caráter das duas grandes revoluções do mundo contemporâneo, a Francesa de 1789 e a Russa de 1917; no entanto, existe consenso sobre o fato de que ambasa) fracassaram, uma vez que, depois de Napoleão, a França voltou ao feudalismo com os Bourbons e a União Soviética, depois de Gorbatchev, ao capitalismo.
b) geraram resultados diferentes as intenções revolucionárias, pois tanto a burguesia francesa quanto a russa eram contrárias a todo tipo de governo autoritário.
c) puseram em prática os ideais que as inspiraram, de liberdade e igualdade e de abolição das classes e do Estado.
d) efetivaram mudanças profundas que resultaram na superação do capitalismo na França e do feudalismo na Rússia.
e) foram marcos políticos e ideológicos inspirando, a primeira, as revoluções até 1917, e a segunda, os movimentos socialistas até a década de 1970.

8 – (MACKENZIE) Desde a abertura dos Estados Gerais em 1789, a roupa possui um significado político. Michelet descreveu a diferença entre a sociedade dos deputados do terceiro Estado, à frente da procissão de abertura, como uma massa de homens vestidos de negro com trajes modestos e o grupo refulgente dos deputados da nobreza com seus chapéus de plumas, suas rendas, seus paramentos de ouro. Segundo o inglês John Moore, uma grande simplicidade, e na verdade a avareza no vestuário era considerada prova de patriotismo.

Michelle Perrot Dentre os motivos da convocação da Assembléia a que se refere o texto, destacamos:

a) anular as medidas radicais de alcance social, implementadas por Robespierre.

b) o interesse do rei em abolir a desigualdade de impostos e confiscar os bens do clero.

c) a crise financeira e econômica que atravessava o Governo de Luís XVI.

d) estabelecer a transformação dos membros do clero em funcionários civis do estado.

e) abolir o feudalismo, estabelecendo as liberdades civis e o voto censitário.

9 – (LA SALLE) “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e “Paz, Pão e Terra”, foram lemas conhecidos de duas importantes revoluções. Estamos falando, respectivamente:

a)       Da Revolução Industrial, responsável pela criação de um sistema fabril mecanizado com capacidade de produção em grandes quantidades, e da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa.

b)       Da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa, e da Guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos.

c)       Da guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos, e da Revolução Russa, responsável pela instauração de um regime socialista na Rússia.

d)       Da Revolução Francesa, responsável pelo fim do antigo regime e pela criação da política e da ideologia burguesa, e da Revolução Russa, responsável pela instauração do regime socialista na Rússia. 

e)            Da Revolução Russa, responsável pela instauração do regime socialista na Rússia, e da guerra civil americana entre os Estados do Norte e do Sul dos Estados Unidos  

10 – (PUC – MG) No século XVIII, os homens de princípios liberais que dirigem o processo revolucionário na França desejam, EXCETO: 

a) destruir o absolutismo monárquico, instaurando um governo representativo e limitado.

b) abolir o direito à propriedade, assegurando o livre exercício da democracia popular. 

c) romper os controles da política mercantilista, estabelecendo uma economia de livre mercado.

d) acabar com as ordens sociais privilegiadas, reconhecendo a igualdade civil dos homens.

e) opor-se ao domínio do religioso na cultura, fundando uma sociedade baseada na racionalidade.

GABARITO

Exercícios Propostos

  1. O campo, antes da Revolução Francesa, estava enfrentando problemas de produção, afetando o abastecimento da população em geral. Com a queda da produção agrícola os camponeses enfrentaram problemas para manter o seu sustento. Essa situação enfrentada pelos camponeses fizeram com que estes engrossassem o grupo de descontentes com o contexto vivido na França.
  2. Os Estados Gerais era uma reunião onde se fazia representar os três estados que compunham a sociedade francesa absolutista. Estes estados eram o clero, a nobreza e o terceiro estado formado pelo restante da população. Em razão dos debates travados pelos membros dos Estados Gerais houve a ruptura do terceiro estado que recebeu apoio com manifestações nas ruas e no campo. Essas manifestações provocaram o recuo da posição mantida anteriormente pelos outros dois estados que participavam dos Estados Gerais.
  3. A noite do Grande Medo foi o surgimento de rumores em torno da reação da nobreza contra as ações camponesas no campo.
  4.  Girondinos representavam a alta burguesia, almejavam consolidar os seus interesses econômicos com maior participação política sem abrir espaço para a implementação de reivindicações das camadas populares da sociedade francesa. Os jacobinos agregavam os camponeses, a pequena burguesia e outras partes da sociedade em busca da transformações da estrutura vigente, onde se teria acesso a educação, a terra, etc.
  5. Instituíram a escola primária pública, obrigatória e gratuita; estabeleceram o voto universal.
  6. Porque visavam garantir que o controle político se mantivesse estável e exercido por alguém que fosse defender os seus interesses.
  7. O processo revolucionário francês influenciou a América de uma forma geral e no Brasil serviu de inspiração para o movimento acontecido no nordeste que ficou conhecido como Conjuração Baiana.

Exercícios de Concursos

1- A; 2- C; 3- A; 4- D; 5- E; 6- C; 7- E; 8- C; 9- D; 10- B.

Aquino, Denize e Oscar – Ed. Ao Livro, História Geral Ao livro Técnico

 ARRUDA José Jobson – Ed. Ática,  Toda a História

KOSHIBA, Luiz – História – Ed. Atual

Sites

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=179 acessado em 8/01/2007.

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